Como melhorar o desempenho do conselho em tempos de disrupção

Uma pesquisa global com cerca de 1.500 diretores revelou que esses profissionais não estão satisfeitos com seu desempenho na gestão de riscos. 40% dos diretores relataram que suas empresas não estão preparadas para grandes crises. E podemos relacionar esses fatos aos eventos disruptivos mais recentes, como a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Como lidar com essa essa questão?

Com os eventos recentes, o mercado passou a enfrentar novos desafios como atrasos na cadeia de suprimentos e líderes tendo que lutar para que os profissionais voltem a trabalhar presencialmente no escritório.

Essa sequência de fatos históricos fez com que a volatilidade nos mercados financeiros se tornasse algo permanente. Temos que encarar os fatos: vivemos tempos de incerteza e sobrecarga. Mas é possível driblar essas questões, e uma das formas de fazer isso é investir em um gerenciamento de riscos robusto.

É o momento de observar o modo como o conselho supervisiona esse gerenciamento de riscos e aconselha o CEO junto da equipe de gerenciamento a lidar com as realidades. Para que isso seja feito de forma eficaz, há prioridades que o conselho deve seguir.

Uma delas é tornar parte da estratégia o entendimento e o enfoque nos pilares da disrupção. Conselhos aprenderam lições bastante valiosas com a pandemia e que vão ajudá-los a planejar o futuro, mas é preciso estar pronto para os próximos eventos disruptivos. Observar fatores como tendências, lealdade dos funcionários, cultura organizacional e cadeias de suprimentos é fundamental para formar essa estratégia.

Tendências são poderosas fontes de disrupção e devem ser ponderadas ao tomar decisões e formular estratégias para aumentar a agilidade e a resiliência da empresa. Com a tecnologia atual, temos dados a nosso favor! Relatórios e briefings são ferramentas poderosas para direcionar decisões e prever crises em um ambiente de mudanças rápidas.

Ao avaliar riscos, pense sempre a longo prazo. Pense em como esses riscos podem impactar sua organização ao longo do tempo e tente obter uma perspectiva voltada para o futuro.

Se atente e gerencie o risco reputacional também. Empresas com autoridade de marca mais forte compartilham atributos de grande valor, como a capacidade de se orientar por dados, foco nos clientes, entendimento da proposta de valor, desenvolvimento de mensagens de impacto e melhoria de processos e ofertas, entre outros.

O que diferencia essas empresas é a relevância estratégica e o forte compromisso com a qualidade, transparência, excelência operacional e resiliência organizacional.

Outra prioridade do conselho deve ser a de apoiar o CEO no fortalecimento da confiança e alinhamento cultural da empresa, de forma que seja proativa para o momento. Focar em retenção de talentos e capital humano, já que funcionários hoje em dia têm escolhas, oportunidades e mobilidade – buscam propósito!

As gerações mais jovens buscam hoje fazer a diferença, e esse é mais um dos motivos pelos quais a gestão precisa ter prioridades ambientais, sociais e de governança.

Assim como os cenários, as conversas sobre riscos também mudam com frequência. O gerenciamento de risco tradicional tem sua base, mas precisa de adequações aos perfis de risco atuais.

Fonte: NACD Boardtalk

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