Perguntas mais frequentes

• Qual a vantagem de se identificar e monitorar os riscos?

  Não é possível prever o futuro, e a Gestão de Riscos não tem essa intenção. Entretanto, com a experiência e com as ferramentas corretas, é possível identificar eventos que podem ocorrer e prejudicar uma organização. A Gestão de Riscos nos ajuda a sistematizar essa identificação de eventos, classificando-os por impacto (geralmente financeiro) e a probabilidade que ocorram. Para eventos onde o impacto e a probabilidade de ocorrência são altos, é fundamental entender quais são as atividades ou proteções que poderíamos tomar caso o evento ocorresse. Um exemplo simples é a contratação de um seguro de automóvel, que é uma ação de proteção para mitigar o risco do veículo ser furtado. A Gestão de Risco também fornece ferramentas para tratar eventos graves porém não identificados, como por exemplo, quais as ações no caso da paralização das operações de uma empresa devido a um evento grave – mesmo não sabendo qual evento pode ser - uma pandemia por exemplo.

• Como a sua organização lida com o risco?

  Todas as atividades empresariais estão expostas a um certo risco. Dos mais simples, como a possibilidade de um funcionário sofrer uma queda no escritório e ser afastado, a termos um projeto estratégico gerando grandes perdas pois o orçamento imaginou um câmbio constante, que em tempos depois subiu. Algumas organizações optam por não avaliar a sua exposição ao risco e frequentemente realizam prejuízos devido a ocorrência de eventos não planejados. Outras organizações identificam riscos em algum grau e trabalham com atividades para reduzir a sua exposição, mas sem uma visão integrada dos riscos que pesam sobre a empresa como um todo. Finalmente, empresas resilientes possuem uma gestão de riscos integradas com o seu planejamento estratégico, ativamente identificando, quantificando e priorizando os riscos, inclusive riscos emergentes e a possibilidade de eventos extremos.

• Quais são os principais Riscos emergentes para os próximos anos?

  - Questões geopolíticas e os investimentos em 5G - Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) - Data-driven market - Vieses e preconceitos no uso da Inteligência Artificial - Pix: os primeiros passos rumo à implementação do Open Banking no Brasil - ESG: uma abordagem holística - Efeitos da Covid-19 nas demonstrações financeiras e em outras divulgações ao mercado - Fraudes e non Compliance - Reforma Tributária

• Quais são os passos para implementar a Gestão de Riscos Corporativos?

  O primeiro passo é determinação do apetite de risco da organização, ou seja, qual o valor monetário máximo em risco (exposição) com o qual a organização como um todo está confortável. A partir dessa premissa, deve-se identificar os diversos riscos nas linhas de negócio e funções de suporte (Financeiro, RH, Supply, etc), avaliar o impacto e a probabilidade dos eventos, classificando-os e montando uma matriz de riscos. Para os riscos classificados como de alta probabilidade e alto impacto, ações de mitigação e controle devem ser estabelecidas e inicia-se um ciclo de monitoramento contínuo com revisões periódicas para a identificação de riscos emergentes. A Exposição máxima da organização após as medidas de mitigação não deve exceder o apetite de risco da organização.

• Como avaliar riscos em projetos estratégicos utilizando a metodologia do Cash Flow at Risk?

  Uma forma comum de se avaliar riscos em projetos é a criação de cenários a partir de um Fluxo de Caixa (FC). Geralmente, as organizações criam três cenários, um muito pessimista, um muito otimista e um que se acredita ser provável, e na grande maioria das vezes, os cenários pessimistas e otimistas são descartados e fixa-se no cenário provável. Entretanto, ao final do projeto, dificilmente esse cenário se realiza, pois os diversos componentes do FC podem variar (risco), como preços de matérias primas, custos de fabricação, câmbio, inflação, juros e eventos operacionais, como a quebra de uma máquina na fábrica. A metodologia do Cash Flow at Risk fornece ferramentas matemáticas e estatísticas para que as variáveis de riscos sejam modeladas e, através de uma simulação de Monte Carlo, milhares de cenários desse FC sejam construídos, explorando todas as possibilidades de variações e combinações dos elementos de risco, produzindo um resultado probabilístico sólido, facilitando a tomada de decisão e correta alocação de recursos de mitigação, como seguros e hedge.