Reconhecimento Facial e o Surgimento de “Pessoas Falsas”

Você sabia que agora é possível comprar pessoas falsas? Claro que não pessoas em si, mas fotos de pessoas que nem existem! O site Generated.Photos é um exemplo: lá você encontra esse tipo de serviço. É possível adquirir uma pessoa única por US$ 2.99. Ou até um pacote de mil pessoas por US$ 1,000.

Aí você pode se perguntar: mas pra quê eu vou querer uma pessoa falsa? Para personagens de videogame, para ilustrar o site da sua empresa com pessoas diversas e originais, etc.

Também é possível conseguir esse tipo de serviço de forma grátis. O site ThisPersonDoesNotExist.com oferece ajustes conforme o que você precisa: tornar aquela pessoa mais velha, mais jovem, ou mudar a etnia dela. E dá até para fazer essas pessoas falarem! A empresa Resobud.Al é especializada nisso, e pode animar o seu personagem.

Aqui no site da C&S, colocamos um link para o jornal The New York Times, que disponibilizou uma ferramenta muito interessante que te permitirá experimentar e ver como isso funciona na prática.

É isso mesmo. O NY Times criou o próprio sistema de Inteligência Artificial para provar que é muito fácil gerar diferentes rostos falsos. O sistema vê as faces como figuras matemáticas, com valores que podem ser alterados: tamanho, forma dos olhos… e por aí vai. Isso pode alterar toda a figura.

Essa possibilidade surgiu nos últimos anos, através dos bancos de dados alimentados com fotos de pessoas reais. O sistema estuda essas fotos e tenta criar suas próprias pessoas, e outra parte do sistema tenta detectar quais dessas fotos são falsas, o que torna o produto “a prova de distinções”.

Acredita-se que, muito em breve, sejamos surpreendidos com coleções de imagens de pessoas falsas: festa de amigos falsos, pessoas falsas saindo com cachorros falsos, bebês falsos. E será muito difícil de identificar quem é real ou não no ambiente virtual.

Essa tecnologia tem o mesmo princípio daquela que você usa para desbloquear seu smartphone com reconhecimento facial, ou quando você usa o reconhecimento do celular para organizar as fotos por pastas de cada pessoa que aparece nelas.

Porém, esses algoritmos não são perfeitos… ainda. Estão em constante aperfeiçoamento. Isso traz consequências graves, como o que aconteceu em janeiro em Detroit. Um homem chamado Robert Williams foi preso por um crime que não cometeu. Isso por causa de uma correspondência de reconhecimento facial que estava incorreta. A inteligência artificial pode sim facilitar nossa vida, mas é tão falha quanto nós – já que o ser humano está por trás disso tudo e escolhe como são feitos os sistemas e quais dados são expostos.

Por isso, não podemos confiar 100% nos computadores. As decisões devem ser tomadas em conjunto: humanos e os dados fornecidos pela inteligência artificial, para minimizar possíveis falhas.

Fonte: The New York Times

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