Planejamento de cenários: uma necessidade

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30 de julho de 2024

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O planejamento de cenários é uma prática essencial para a resposta e recuperação diante de mudanças no ambiente. As empresas líderes estão aprendendo a implementar consistentemente o planejamento de cenários para detectar e responder a gatilhos que podem proteger e promover o negócio.

O ISP (Integrated Scenario Planning) fornece uma estrutura para as organizações pensarem sobre o futuro e gerenciarem mudanças, respondendo à pergunta “E se?” e planejando as ações necessárias quando certos pontos de gatilho são alcançados.

O ISP (Integrated Scenario Planning) é dividido em duas fases principais: Planejamento e Implementação.

  1. Planejamento:

– Identificar Premissas: Estabelecer premissas básicas sobre o ambiente atual.

– Definir Cenários Alternativos: Criar diferentes cenários com base em possíveis variações das premissas.

– Definir Drivers e Premissas: Identificar os principais fatores que influenciam os cenários.

  1. Implementação:

– Analisar Probabilidade e Consequências: Avaliar a probabilidade e o impacto de cada cenário.

– Desenvolver Respostas: Criar planos de resposta para cada cenário, definindo papeis e responsabilidades.

– Definir Pontos de Gatilho: Estabelecer limites que, quando cruzados, desencadeiam a ação.

– Alcançar Consenso: Garantir que todos concordem com o plano de ação.

– Monitorar Pontos de Gatilho: Acompanhar os indicadores internos e externos para detectar quando um ponto de gatilho é alcançado.

– Implementar e Mitigar: Executar o plano de resposta e fazer correções conforme necessário.

Os pontos de gatilho são limiares previamente acordados que, quando cruzados, iniciam uma ação. Eles podem ser internos (dentro do controle da empresa) ou externos (fora do controle da empresa). Para que os pontos de gatilho sejam eficazes, as opções de resposta devem ser modeladas e analisadas com antecedência, e o impacto potencial deve ser claramente compreendido.

Como exemplos de pontos de gatilho internos, temos a margem de lucro de um novo produto cair abaixo de 10%; rotatividade de pessoal exceder 25%; ou atraso crítico no lançamento de um produto em três meses.

Já os pontos de gatilho externos podem ser redução de mais de 5% nos novos lançamentos de habitação em dois trimestres consecutivos; disponibilidade restrita de resina plástica a 80% do ano anterior; bloqueios na cadeia de suprimentos globais, como a pandemia de COVID-19.

Um plano de resposta robusto é necessário quando um ponto de gatilho é alcançado. Isso inclui definir claramente quem será responsável por cada ação e quando ela deve ser executada. O planejamento proativo e a definição de tolerâncias em torno dos pontos de gatilho ajudam a evitar reações impulsivas e permitem respostas ágeis e adaptativas.

O consenso é fundamental para o sucesso do planejamento de cenários. Todos os envolvidos devem entender e concordar com o plano de ação e os pontos de gatilho. Um líder de planejamento de cenários eficaz é aquele que possui habilidades analíticas, consegue ver o “big picture” e facilita o consenso entre as partes.

O Planejamento Integrado de Cenários é uma ferramenta poderosa que permite às organizações se prepararem e responderem a mudanças de maneira estruturada e eficaz. Com uma compreensão clara dos pontos de gatilho e planos de resposta bem definidos, as empresas podem navegar melhor pelas incertezas e aproveitar as oportunidades que surgirem. Implementar o ISP requer uma abordagem disciplinada, com um foco na construção de consenso e na definição clara de papéis e responsabilidades. Em tempos de mudanças rápidas, essas habilidades são essenciais para o sucesso sustentável.

Fonte: Oliver Wight

Luciano Menegasso

Diretor de Estratégia

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