Estratégias de Planejamento da Demanda avançadas: além da previsão
Estratégias de Planejamento da Demanda avançadas: além da previsão
28 de maio de 2024
O planejamento na cadeia de suprimentos é uma ferramenta indispensável para orientar decisões importantes que garantem o alcance de objetivos de logística e produção com eficiência de recursos. Esse processo envolve a estimativa das demandas do mercado para longos horizontes de tempo, detalhando produtos e abrangências geográficas. No entanto, a vasta quantidade de dados disponíveis muitas vezes gera incertezas sobre como melhor utilizá-los em diferentes tipos de planejamento.
O Planejamento de Demanda conta com 3 tipos de visões: curto, médio e longo prazo.
No curto prazo, definido aqui como os próximos três meses, as decisões são predominantemente operacionais. As áreas de gestão necessitam de informações extremamente específicas, como previsões de demanda detalhadas por SKU (Stock Keeping Unit), CD (Centro de Distribuição) ou até mesmo cliente. Essas informações são fundamentais para a sequência de produção, montagem de estoques de matéria-prima, produtos acabados e embalagens, além da definição de rotas comerciais. A precisão desses dados é fundamental, pois influenciam diretamente a eficácia e eficiência das operações imediatas.
Quando expandimos o olhar para um horizonte de médio prazo, as complexidades aumentam. Prever o que ocorrerá em um período mais distante torna-se um desafio, especialmente ao tentar detalhar essas previsões. A alta incerteza associada a esse nível de detalhamento muitas vezes leva as empresas a adotarem uma postura mais conservadora, focando em planejamentos mais agregados e menos detalhados. Nesse estágio, análises por família de produtos ou regiões geográficas amplas, como países ou continentes, são benéficas para planejar ações de marketing, negociações com fornecedores, reposição de equipamentos e definição de metas comerciais.
Para o longo prazo, que consideramos ser o período de um ano ou mais, as informações utilizadas tendem a ser ainda mais consolidadas. Previsões estatísticas simples de volumes totais são suficientes para servir como base para discussões estratégicas, como planejamento de grandes capacidades de armazenagem e transporte, fusões e aquisições, adoção de novas tecnologias e planejamento financeiro. Essas previsões ajudam a moldar as estratégias de longa duração, que são menos dependentes de detalhes granulares e mais focadas em tendências gerais e movimentos estratégicos amplos.
A chave para um planejamento eficaz da demanda reside na capacidade de balancear a necessidade de detalhes precisos no curto prazo com uma visão ampla para o longo prazo. O recomendado é que as empresas cultivem a flexibilidade para adaptar suas estratégias conforme as condições de mercado evoluem e novas informações se tornam disponíveis. Isso envolve tanto a capacitação contínua das equipes para melhor interpretar e utilizar os dados disponíveis quanto a integração de tecnologias avançadas que possam melhorar a precisão das previsões.
Lembre-se que o planejamento eficaz também vai exigir uma comunicação clara e eficiente entre diferentes departamentos e níveis hierárquicos dentro da organização. Por isso, é importante promover um entendimento comum dos objetivos e estratégias de planejamento, para alinhar todos os envolvidos e otimizar o uso dos recursos.
FONTE: Ilos