Métricas fantasmas em S&OP e S&OE

Métricas fantasmas em S&OP e S&OE


Em S&OP e S&OE, muitas vezes enfrentamos as chamadas “métricas fantasmas” — indicadores críticos que, embora invisíveis nas demonstrações financeiras, possuem presença e impactos econômicos palpáveis. São métricas que assombram áreas fundamentais, como a Cadeia de Suprimentos e Finanças.

Uma dessas métricas é a de vendas perdidas. São oportunidades de receita que foram disponíveis, mas não realizadas, por razões como escassez de matéria-prima, falhas de produção, ou desalinhamentos logísticos. Essas vendas que poderiam ter sido capitalizadas estão ausentes das Demonstração de Lucros e Perdas (P&L), e representam a discrepância entre o potencial de venda total e o resultado real.

Para minimizar vendas perdidas, as empresas devem aperfeiçoar a sincronia entre previsão de demanda e capacidade produtiva. Isso inclui ajustes flexíveis no planejamento, como a substituição de produtos ou reagendamento de entregas, sempre em comunicação transparente com o cliente. A métrica de “On Time In Full” (OTIF), que mede a eficiência com que as ordens são finalizadas e entregues na íntegra, é também muito importante para monitorar e melhorar a confiabilidade do fornecimento.

Outra métrica fantasma é a de prevenção de custos. Diferentemente dos custos diretos registrados no P&L, a prevenção de custos se refere às economias alcançadas através de esforços que impedem gastos adicionais, tais como negociações de contrato que evitam aumentos de preço. Essas economias são invisíveis no P&L atual, mas protegem as margens de lucro ao manter os custos controlados.

A estratégia para gerenciar a redução de custos envolve identificação proativa de oportunidades de negociação, compras estratégicas e otimização de processos. Essas ações requerem colaboração entre Compras, Finanças e Operações para serem efetivas. A habilidade de medir e reconhecer a evasão de custos é crítica para validar o impacto dessas iniciativas e garantir que elas sejam mais do que apenas economias ilusórias.

A terceira métrica fantasma que abordamos aqui é o inventário de propriedade de co-fabricantes. Ao colaborar com co-fabricantes, as empresas podem adotar modelos de negócios como “Fabricação por Contrato” ou “Fabricação por Pedágio“. No primeiro, o co-fabricante possui todo o inventário, o que pode ocultar passivos potenciais do balanço patrimonial da empresa contratante. No modelo de pedágio, a empresa mantém a propriedade do inventário, refletindo diretamente em seu balanço.

Monitorar o inventário em poder dos co-fabricantes é muito importante, especialmente para prevenir excessos de estoque baseados em previsões otimistas que não se concretizam. É preciso estabelecer políticas claras de gestão de inventário e contingência para ajustar rapidamente os planos de produção em resposta a mudanças na demanda. Criar reservas financeiras ou provisões para lidar com estoques não utilizados que possam surgir de alterações abruptas no planejamento também é uma ótima saída.

Líderes de negócios precisam reconhecer e “caçar” esses fantasmas com estratégias eficazes e integradas. Assim, transformamos temores ocultos em oportunidades tangíveis de crescimento e estabilidade.

FONTE: Márcia Williams

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