Com as atividades econômicas em marcha lenta por conta da pandemia do novo coronavírus, as contas e compromissos financeiros sofrem com os reflexos. É necessário fazer negociações com os credores e fornecedores, mas como?
Fernando Bertozzo, especialista da C&S em negociações e transações corporativas, dá dicas práticas e eficazes para negociações no cenário inédito que vivemos.
1 – Prepare-se!
Planejamento é sempre o primeiro passo, pois é quando você define qual o objetivo a ser buscado, ou seja, a meta da negociação. É o momento de pesquisar preços, entender o cenário da empresa e das oportunidades de mercado.
2 – Faça uma proposta!
A proposta deve ser endereçada contendo as principais bases da negociação: preço, condições comerciais adequadas, disponibilidade e prazo de entrega que atendam à necessidade da companhia.
3 – Saiba se expressar!
Postura, entendimento do que deve ser alcançado, conhecimento de todos os dados que envolvem a negociação e clareza ao transmitir aquilo que você necessita para fechar o negócio. Todos esses fatores são cruciais para não haver mal entendido que possa levar a um desacordo comercial futuro. O importante é que ambos saiam satisfeitos da mesa de negociação.
4- Por onde negociar?
Uma vez que as medidas para proteção contra o coronavírus restringem visitas e reuniões pessoalmente, são recomendadas videochamadas, ligações telefônicas e troca de emails.
Telefonemas e ligações por vídeo são os canais mais pessoais, onde será possível colocar todos os argumentos para conduzir a negociação e atingir o êxito.
O email deve ser usado para troca de informações como cotação, propostas e orçamentos, além da formalização do acordo.
5 – Negociar contratos ou cancelá-los?
A negociação nunca prevê o desgaste. Ao contrário, serve para diminuir conflitos. Em um momento de crise, como este, a negociação é feita para reduzir riscos e viabilizar operações. Negociar é sempre a melhor saída.
O congelamento de valores, redução de percentual ou qualquer outra adequação que atenda o orçamento do momento, acordados entre credor e devedor, trazem também maior flexibilidade para uma retomada comercial com continuidade.