Como conduzir uma sucessão familiar próspera?

Quando negócios são gerenciados por um núcleo familiar, há a tendência de que o ritmo do negócio seja ditado pelo fundador e os valores da família influenciem na equipe e na cultura organizacional. O eventual afastamento desse fundador desafia a longevidade da empresa, dependendo de como se dá o processo sucessório.

A história empresarial faz com que o fundador traga inspiração para os seus sucessores, motivando-os a terem a mesma paixão por aquele empreendimento. Contudo, o fundador é o principal pilar da cultura organizacional, e é comum que o processo sucessório comece com a delegação de atividades operacionais, ficando esse empresário focado em funções de estratégia, inovação e projetos de impacto social.

O perfil do sucessor precisa ser bem definido, e a participação do fundador nesse processo é fundamental, pois é uma referência do que fez aquele negócio prosperar. Para escolher o sucessor, é importante ter um código de ética para guiar essa seleção, além da construção de um acordo de acionistas ou conselheiros.

Se a liderança da empresa decidir por utilizar uma consultoria nesse processo, a escolha da assessoria deve ser criteriosa, levando em consideração fatores como ética, experiência, imparcialidade nas relações com conselheiros, acionistas, fundador e executivos. Ao chegar, esse consultor tem o papel de mediar toda a situação. Conflitos naturalmente vão ocorrer, e o consultor deve atuar na conciliação dos diversos interesses, buscando o que é melhor para o futuro daquela organização.

O sonho de quase todos os fundadores é que um membro da família seja seu sucessor. E quase sempre essa é a melhor alternativa, desde que o candidato tenha sido preparado para exercer a função. Há também outros caminhos, como escolher um profissional qualificado da empresa que possa liderá-la.

Talvez seja considerada a hipótese de contratar um executivo externo. Mas, sendo essa pessoa alguém que não conhece a cultura da organização e se não houver justificativas coerentes, preterindo familiares e outros profissionais que têm anos de vivência na empresa, não é um ato recomendável. Esse caminho só deve ser considerado se a empresa estiver passando por graves conflitos familiares e não houver um profissional apto para ocupar a função de líder.

Em todos os casos, o melhor cenário é sempre aquele em que há a participação ativa do fundador no processo, principalmente se a história daquela empresa for uma jornada de sucesso. Além disso, o ideal é que o sucessor seja preparado dentro da organização, e tenha absorvido seus valores e propósitos de forma a dar continuidade ao trabalho consolidado pelo empresário.

Fonte: IBGC

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