A necessidade da Governança Corporativa em Empresas Familiares: o Início dos Problemas

A realidade das empresas familiares, está na grande maioria dos casos, em sentido contrário às boas práticas de governança corporativa. As empresas de família, ou empresas de dono, têm seu crescimento, e sua administração, nas mãos do fundador, ou fundadores. São pessoas com um grande senso comercial, industrial ou voltadas ao agronegócio. Dificilmente, é encontrado nestes empreendedores, um bom direcionamento financeiro e administrativo.

Nos primeiros anos do negócio, principalmente para os que iniciaram as atividades antes da década de 70, os resultados não eram tão difíceis de serem alcançados, até pela falta de concorrência interna, e o pequeno grau de internacionalização do Brasil. Já nas décadas posteriores, as dificuldades aumentaram, com o agravamento da situação econômica do país, com crises sequenciais.

Claramente, as mudanças no quadro diretivo, tem sido cada vez mais a pauta nos dias atuais. Quando se fala em profissionalização, não é necessariamente a busca de alguém do mercado de trabalho, podendo permanecer nas mãos de um membro ou membros das famílias, desde que sejam preparados para as funções.

Os fundadores no intuito de manter seus descendentes à frente dos negócios, tutelam ou protegem aqueles que iniciam na empresa, aquilo que deveria ser um trabalho profissional. Muitos deles, iniciam sem a menor aptidão ou preparo, apesar dos títulos de diretores e retiradas salariais totalmente desproporcionais ao padrão mercadológico; porém assumem a posição como verdadeiros príncipes concorrentes ao trono real.

Não raramente, nessas empresas, muitos patriarcas ainda estão próximos ao negócio, em sua grande maioria já sem condições físicas, mas com receio de delegarem totalmente o poder de mando a seus sucessores, por conhecê-los profundamente, e por saberem que estes vão fracassar, e também porque não querem se afastar.

É comum a frase: “Só saio da empresa morto”. Há ainda outro agravante, que são as terceiras e quartas gerações pleiteando seus lugares nos negócios familiares, porém também, na maioria dos casos sem o mínimo preparo.

Como resolver?

Este problema é resolvido através da Governança Corporativa, com suas boas práticas, que não se resumem ao Conselho de Administração, como muitos confundem.

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