Mulheres em Conselhos de Administração e novas práticas de emprego
Mulheres em Conselhos de Administração e novas práticas de emprego
11 de junho de 2024
A introdução de cotas para mulheres em conselhos de administração tem representado uma mudança significativa nas práticas de emprego dentro das corporações globais.
Inspirada pela legislação francesa conhecida como lei Copé-Zimmermann, instituída em 2011, a política obriga as empresas listadas em bolsa a terem pelo menos 40% de seus membros de conselho como mulheres até 2017. Tal movimento legislativo não só aumentou numericamente a presença feminina em altos cargos de liderança, mas também impactou profundamente a cultura corporativa e as práticas de emprego.
A lei trouxe à tona a importância de valorizar a experiência e as qualificações das candidatas, estimulando as empresas a considerarem mais seriamente a educação em instituições de prestígio e a experiência em conselhos anteriores.
A presença de mulheres em conselhos de administração tem sido associada a uma abordagem mais inclusiva e equitativa nas práticas empresariais, influenciando não apenas a governança, mas também a ética e a responsabilidade social das empresas.
Os efeitos das cotas são evidentes na transformação das práticas de recrutamento e promoção, incentivando um ambiente de trabalho mais diversificado e inclusivo. Essas mudanças são importantes responsáveis por desafiar as normas estabelecidas e fomentar um ambiente onde talentos femininos possam prosperar e contribuir efetivamente para o sucesso organizacional.
Por outro lado, a implementação de cotas também enfrentou críticas. Argumenta-se que pode levar à promoção de profissionais menos experientes apenas para atender aos requisitos legais, o que poderia comprometer a qualidade das decisões do conselho. No entanto, a longo prazo, as cotas podem servir como uma ferramenta importante para corrigir desequilíbrios históricos e promover a igualdade de gênero nos níveis mais altos de tomada de decisão nas empresas.
Portanto, apesar das críticas, a tendência global aponta para uma aceitação crescente da necessidade de estruturas mais inclusivas que não apenas melhoram o ambiente de trabalho, mas também potencializam a governança e a performance corporativa.
FONTE: Board Agenda