Governança Corporativa em Empresas Familiares: Estrutura e Sucessão
Governança Corporativa em Empresas Familiares: Estrutura e Sucessão

29 de abril de 2025
As Empresas Familiares desempenham um papel crucial na economia global, pois geram empregos e riquezas para a sociedade. Por isso, elas devem priorizar a sucessão e a governança para garantir sua sustentabilidade.
Além disso, uma sucessão bem-sucedida beneficia a todos.
No entanto, o controle concentrado dessas empresas exige que elas adotem um modelo robusto de governança. Assim, elas asseguram a continuidade do negócio e protegem os acionistas.
Frequentemente, muitas empresas, lideradas por seus fundadores, vinculam o negócio à identidade familiar. Consequentemente, essa conexão cria desafios quando os papéis da família, da gestão e da propriedade não estão claramente definidos.
A governança mitiga conflitos, aumenta a transparência e fortalece a continuidade do negócio.
De fato, o maior desafio das empresas familiares reside no processo sucessório. Dessa forma, elas precisam planejar essa transição com cuidado.
O Planejamento
Primeiro, as empresas devem planejar a transição de liderança entre gerações com base em competências e critérios objetivos. Pois, nomeações baseadas apenas em laços familiares enfraquecem a gestão, abalam a credibilidade no mercado e reduzem o valor da empresa.
Além disso, para fortalecer a governança, as empresas familiares devem estruturar conselhos de administração com membros independentes. Assim, esses conselhos mediam interesses divergentes, promovem decisões equilibradas e alinham a gestão aos objetivos de longo prazo.
Adicionalmente, para proteger acionistas minoritários, especialmente em estruturas societárias complexas, as empresas devem formalizar acordos de acionistas. Ou seja, esses acordos estabelecem regras claras sobre decisões, distribuição de lucros, políticas de saída e resolução de conflitos.
Também, as empresas precisam ampliar a transparência, divulgando informações relevantes a todos os sócios de forma tempestiva.
Contrariamente ao que alguns pensam, a governança não ameaça o legado familiar. Pelo contrário, ela viabiliza a continuidade de um projeto empresarial que transcende gerações.
Finalmente, empresas familiares que institucionalizam práticas de governança e seguem princípios reconhecidos enfrentam com mais preparo os desafios da sucessão, da inovação e da longevidade.
Baseado no artigo “The Governance of Controlled Companies*”
*Publicado pelo International Corporate Governance Network (ICGN), 2023. Este conteúdo foi livremente adaptado e desenvolvido para fins informativos e educacionais, preservando os principais conceitos e diretrizes originais.
