Dez tendências para observar em 2024
Dez tendências para observar em 2024
14 de fevereiro de 2024
Compreender as principais tendências que moldam nosso cenário global é fundamental. O editor-adjunto do The Economist, Tom Standage, apresentou as dez tendências fundamentais que influenciarão nosso mundo esse ano.
Uma dessas tendências é a proliferação de eleições, com mais de 70 países, representando mais da metade da população global, indo às urnas. Este fenômeno destaca uma era de participação política sem precedentes, embora nem todas essas eleições possam ser consideradas livres e justas.
Enquanto o mundo observa essas eleições, a escolha presidencial nos Estados Unidos se destaca por suas implicações globais, abrangendo desde a política climática até o apoio militar à Ucrânia. O evento pode ser decidido por uma margem estreita em estados decisivos, ressaltando a influência americana no panorama global. Paralelamente, a Europa desempenha um papel crucial em 2024, enfrentando a necessidade de fornecer suporte militar e econômico substancial à Ucrânia e traçar um caminho para sua adesão à União Europeia, um movimento que ganha ainda mais importância diante das mudanças na política externa dos EUA.
No Oriente Médio, a tensão entre Israel e Hamas tem o potencial de escalar para um conflito regional mais amplo, testando a habilidade dos EUA de lidar com um mundo cada vez mais complexo e perigoso. Esses desafios geopolíticos são exacerbados pela mudança para um mundo multipolar, onde conflitos congelados estão descongelando e guerras frias locais estão aquecendo, simbolizando o fim do momento unipolar da América.
Essa transição para a multipolaridade é acompanhada pelo aprofundamento das tensões entre os EUA e a China, caracterizando uma nova Guerra Fria. Esta rivalidade é alimentada por questões como Taiwan e restrições tecnológicas, sinalizando uma reconfiguração significativa no equilíbrio de poder global. Paralelamente, a transição para energia verde está alterando a geografia energética mundial, com recursos como lítio, cobre e níquel ganhando proeminência sobre os combustíveis fósseis, redirecionando assim o foco geopolítico.
A economia global enfrenta incertezas, com economias ocidentais navegando em águas turbulentas, desafiadas por taxas de juros mais altas e persistentes, que afetam empresas e consumidores, mesmo que recessões sejam evitadas. Em meio a esses desafios econômicos, a inteligência artificial está se tornando cada vez mais uma realidade tangível. Seu desenvolvimento e adoção estão acelerando, trazendo desafios regulatórios e preocupações sobre o impacto no emprego e na manipulação eleitoral.
Por outro lado, 2024 pode oferecer momentos de união global, como as Olimpíadas de Paris e missões lunares potenciais, que podem oferecer uma pausa nas diferenças ideológicas e promover um senso de unidade global.
Estamos diante de um cenário global complexo e em rápida transformação, e por isso é importante estarmos atentos às mudanças que nos cercam.
Fonte: The Economist