Cibersegurança no Conselho: a nova prioridade estratégica

Cibersegurança no Conselho: a nova prioridade estratégica

Cibersegurança no Conselho- a nova prioridade estratégica

1 de outubro de 2024

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A cibersegurança tem ganhado cada vez mais relevância no cenário corporativo, à medida que os ataques cibernéticos se tornam mais frequentes e sofisticados. No entanto, muitas empresas ainda não enxergam a necessidade de incorporar a cibersegurança diretamente nos conselhos de administração, o que representa um risco significativo para a sustentabilidade e reputação das organizações.

O avanço das tecnologias digitais, como a inteligência artificial, big data e a Internet das Coisas (IoT), criou novas oportunidades, mas também introduziu vulnerabilidades que, se não forem adequadamente geridas, podem resultar em grandes prejuízos financeiros e de imagem. Nesse contexto, é fundamental que as empresas comecem a considerar a cibersegurança como uma questão estratégica, e não apenas técnica.

Uma das principais razões para essa mudança de mentalidade é o impacto que um ataque cibernético pode ter sobre os negócios. Não se trata mais de “se” uma empresa será alvo, mas de “quando”. Empresas de todos os setores e portes estão vulneráveis a invasões, vazamentos de dados e sequestros de informações (ransomware). Esses incidentes não afetam apenas os departamentos de TI, mas podem paralisar operações, corroer a confiança dos clientes e, em casos extremos, comprometer a continuidade do negócio.

Nesse sentido, é imprescindível que a cibersegurança tenha uma cadeira no conselho de administração. Essa inclusão permitiria que o tema fosse tratado como uma prioridade estratégica, com os recursos necessários sendo direcionados para mitigação de riscos. Além disso, traria uma visão de longo prazo sobre como proteger a empresa em um ambiente de ameaças em constante evolução.

Outro ponto importante é a necessidade de educação e conscientização no nível de diretoria. Muitos membros de conselhos ainda não possuem o conhecimento adequado sobre cibersegurança e, como resultado, subestimam os riscos. Implementar programas de capacitação para executivos e diretores é fundamental para garantir que todos estejam cientes das ameaças e saibam como responder a elas. Além disso, ao contratar especialistas em cibersegurança para posições de liderança, a empresa pode fortalecer suas defesas e adotar uma postura mais proativa.

A integração da cibersegurança nas discussões do conselho também ajuda a transformar a percepção do investimento em segurança digital. Muitas vezes, esses investimentos são vistos como custos operacionais que reduzem a lucratividade. No entanto, quando olhamos para os possíveis danos financeiros e de reputação causados por um ataque, fica claro que investir em proteção é uma forma de garantir a resiliência e a continuidade dos negócios.

Empresas que tratam a cibersegurança com seriedade tendem a se destacar por sua capacidade de evitar ataques e também por sua agilidade em responder e se recuperar de incidentes. Para isso, o conselho deve monitorar de perto os investimentos e assegurar que os sistemas de proteção sejam constantemente atualizados, alinhados às melhores práticas e adaptados às novas ameaças.

A cibersegurança deve ser uma responsabilidade compartilhada, desde a diretoria até os colaboradores operacionais. Somente assim será possível criar um ambiente corporativo realmente seguro e preparado para enfrentar os desafios digitais do século XXI.

Incorporar a cibersegurança no conselho de administração não é mais uma opção, mas uma necessidade. Com a rápida evolução das ameaças digitais, é imperativo que as empresas adotem uma abordagem integrada, estratégica e proativa, garantindo que a segurança esteja no centro de suas decisões de negócios.

FONTE: Board Agenda

Viviane Galeb

PMO

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