Um recente levantamento do Valor Data, abrangendo 407 empresas não financeiras, revelou um panorama econômico intrigante para o terceiro trimestre de 2023. Com um faturamento combinado de aproximadamente R$ 883 bilhões, equivalente a cerca de 176 bilhões de dólares, as empresas experimentaram uma ligeira baixa de 1,7% em comparação com o ano anterior (2022). No entanto, essa diminuição no faturamento não conta toda a história.
Curiosamente, o período foi marcado por uma redução significativa nos custos, que caíram 2,4% no trimestre. Essa diminuição resultou em uma economia notável de cerca de R$ 16,8 bilhões. Além disso, as despesas operacionais gerais, administrativas e com vendas também sofreram redução, decrescendo 1,8% para R$ 105,8 bilhões.
Essas medidas de redução de custos tiveram um impacto positivo no lucro das empresas, que aumentou 3,1% em um ano. Esse incremento, embora modesto, é particularmente notável quando comparado ao terceiro trimestre de 2022. Naquele período, a economia enfrentou desafios como inflação e juros mais altos, e os custos subiram mais que as receitas, resultando em uma queda de 14% no lucro operacional em relação a 2021.
A melhoria nos resultados financeiros das empresas sugere um aumento na eficiência operacional. Uma estratégia chave tem sido o repasse de custos para o consumidor, além de tornar as operações mais enxutas, especialmente em termos de despesas gerais, administrativas e na gestão da cadeia de insumos.
Este cenário indica uma adaptação das empresas às condições econômicas desafiadoras, priorizando a eficiência e a gestão cuidadosa dos custos. Embora o aumento no lucro seja tímido, ele representa um sinal positivo para o mercado, sugerindo que as empresas estão se tornando mais resilientes e adaptáveis diante de adversidades econômicas. A continuidade dessa tendência poderá trazer resultados ainda mais promissores para o futuro do mercado empresarial brasileiro.
Fonte: Valor Econômico
