Seu C-Suite está equipado para liderar uma transformação digital?

A adoção da tecnologia foi acelerada de forma drástica em todos os setores durante a pandemia da covid-19. Pesquisas apontam que 77% dos CEOs acreditam nessa aceleração. Há quem diga que foram dois anos de transformação digital que ocorreram em dois meses. O cenário também acelerou em média seis anos de estratégias de comunicação digital das empresas.

Historicamente, o sucesso de todo o esforço da transformação digital é extremamente baixo. As empresas costumam correr atrás de aumentar o número de funcionários e o orçamento, contratando engenheiros talentosos, cientistas de dados e especialistas em segurança cibernética.

Para que se tenha realmente sucesso, a transformação deve ocorrer no topo, com os indivíduos que definem a estratégia e alocam os recursos. Um bom exemplo é a Domino’s. A empresa mudou o preço das ações de US$ 3 em 2008 para U$S 433 em 2020, já que uma equipe de alta administração integrada e com experiência digital criou uma estratégia com decisões baseadas em dados para redesenhar os sistemas de entrega, pedidos e infinitas plataformas, modernizando todas as faces da empresa.

Processos e normas para a seleção de executivos de alto escalão são fundamentais, porém muito lentos para mudar. Alfabetização financeira é uma qualificação básica para qualquer um que assuma cargos altos, mas também é essencial a alfabetização tecnológica e digital. Esses recursos são indispensáveis, e as empresas não podem se dar ao luxo de ter um executivo que não esteja inteirado sobre questões tecnológicas e de inovação.

Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review aponta que a busca por expertise em tecnologia e digital tem aumentado desde antes da pandemia. A parte tecnológica inclui técnicas, habilidades, sistemas, processos, hardware e software. Já o digital, é pensado como subconjunto de tecnologia, e refere-se a ativos intangíveis em vez de físicos.

Empresas buscaram essas habilidades em inúmeras funções, sugerindo que pessoas certas já haviam ocupado cargos de liderança importantes. Contudo, algumas funções foram negligenciadas na busca por conhecedores da tecnologia e do digital. O estudo realizado observou que a maioria das empresas se concentrava em apenas um subconjunto de cargos de transformação digital, indicando que muitas não adotavam uma abordagem ampla o suficiente para renovar a estratégia de talentos.

A rotatividade de cargos também pode desempenhar papel importante na construção de uma liderança robusta e pronta para o futuro. Apesar das funções operacionais serem tradicionalmente consideradas como degraus para mais altos escalões corporativos, grandes e potenciais profissionais podem se beneficiar dessas rotações.

Quando a corporação não encontra os candidatos certos, é preciso recorrer ao mercado de trabalho externo. Mas, é preciso se preparar para pagar um prêmio, já que profissionais com habilidades em tecnologia e digitais são procurados por muitas empresas. Essa tendência também implica em perseguições de talentos das empresas com experiência de longa data no setor tecnológico, que por sua vez precisarão tomar medidas para reter os funcionários de alto escalão.

Em uma pesquisa global conduzida também pela Harvard Business Review com diretores do conselho, mais de um terço dos entrevistados indicou lutar pessoalmente para manter-se em dia com questões de risco, segurança e novas tecnologias. Apenas 13% dos conselhos procuram conhecimento tecnológico na busca mais recente por um diretor.

Acredita-se que nos próximos anos haverá uma revolução em muitas funções da alta administração. Os executivos que não estavam à altura de um desafio tecnológico acabaram expostos pelo cenário pandêmico. Em alguns casos, foi possível identificar que os líderes errados ocupavam as funções, e que a falta de um sucessor adequado impedia a substituição.

Por isso tudo, a dica principal é: mantenha-se sempre atualizado – não somente sobre a função que exerce, mas em relação a tecnologia e inovação, que são o futuro das empresas.

Fonte: Harvard Business Review

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