Prós e contras do Home Office

Nunca tivemos tantas pessoas em home office como em 2020. Mesmo com a reabertura em alguns países, a covid-19 continua sendo uma ameaça. Instituições lutam para saber como retomar as atividades nos escritórios, e líderes precisam saber responder uma série de perguntas na hora de tomar essa decisão. A principal pergunta a ser respondida é: O trabalho a distância impactou a produtividade e a criatividade?

A conclusão vem através de diversas análises. Uma delas é a de satisfação dos funcionários, além do engajamento no trabalho, percepções de desempenho, conflito com colegas, e estresse.

Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review entrevistou 600 colaboradores, a maior parte de cargos de gerência. A análise mostrou que os trabalhadores se acostumaram a trabalhar de forma virtual com maior facilidade do que os líderes imaginavam. Em muitos casos, os funcionários se sentiram tão produtivos quanto antes.

O resultado vai na contramão do previsto por uma série de estudos realizados ao longo dos anos. Essas pesquisas apontavam que a produtividade quase sempre cai após mudanças em grande escala. E não foi o que aconteceu. É claro que a transição para trabalho remoto apresentou problemas e dificuldades, mas os fatores principais, que são satisfação e engajamento no trabalho, se recuperaram após as duas primeiras semanas de isolamento social.

Contudo, há motivos para pensar duas vezes antes de tornar o home office definitivo. Os escritórios físicos fazem com que as pessoas que não costumam trabalhar em grupo se conectem de forma acidental, e essa interação gera novas ideias. Essa foi uma das razões para que Steve Jobs idealizasse o prédio da Pixar Animation Studios, na Califórnia, pensado justamente para potencializar essas interações.

Outro problema enfrentado por uma empresa com home office definitivo é a integração de novos funcionários, que se mostra mais complicada diante da impossibilidade desses novos colaboradores vivenciarem o dia a dia da empresa, tomando como exemplo os trabalhadores mais antigos.

A criação de laços fracos é mais uma desafio, assim como a promoção de relacionamentos. O trabalho virtual dificulta que os líderes observem e promovam relacionamentos entre grupos e talentos que provavelmente serão benéficos para a empresa futuramente. Com todos em casa, as organizações têm investido menos em programas rotacionais e programas de treinamento.

O que passou a ser considerado agora é o ambiente de trabalho híbrido. Uma combinação de trabalho virtual e baseado em escritório. Mas a abordagem pode prejudicar o rendimento, já que para estar em ambientes comuns é necessário o uso de máscaras. O equipamento tem uso desconfortável, e faz com que as reuniões sejam mais curtas. Ou seja, a comunicação informal pessoal também acaba reduzida, tornando sem finalidade o retorno ao trabalho presencial.

É fundamental a descoberta de novas soluções para as deficiências do trabalho virtual. No momento, não há maneiras eficazes de integrar funcionários, criar laços e orquestrar relacionamentos. Mas isso não significa que é impossível.

Fonte: Harvard Business Review

 

 

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