Projeto de financiamento híbrido deve ter impacto de R$ 400 mi, diz BNDES

Um impacto de ao menos R$ 400 milhões é esperado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em uma nova abordagem para apoio a projetos e programas nas áreas de bioeconomia florestal, economia circular e desenvolvimento urbano. O Banco lançou uma chamada pública de solução financeira híbrida, conhecida no exterior como “blended finance”. O projeto tem o objetivo de reunir recursos comerciais e filantrópicos.

Esse modelo é a junção de diferentes fontes de recursos e instrumentos financeiros diferentes. Fazem parte desses recursos: financiamentos, investimentos, garantias e doações. A chamada pública da instituição vai selecionar até 12 projetos, e o BNDES vai desembolsar até R$ 90 milhões. Tais recursos não serão reembolsáveis. Portanto, trata-se de uma doação da instituição para o projeto, como âncora.

De acordo com o diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, a intenção é que esses valores se multipliquem. Os selecionados se responsabilizam pela captação de pelo menos mais R$ 3 para cada R$ 1 aportado pela instituição de fomento junto a terceiros. O resultado seria quase R$ 400 milhões em impacto socioambiental e que se enquadrem nos parâmetros ESG – ambientais, sociais e de governança.

Terceiros podem fazer aportes através de diferentes ferramentas financeiras. O banco espera propostas de estruturas inovadoras, que devem apresentar formas de captação e alocação dos recursos em iniciativas com capacidade de gerar impacto positivo no meio ambiente e na sociedade.

A iniciativa pode beneficiar cooperativas na região amazônica, por exemplo, que desejam organizar sua cadeia. Também podem ser beneficiados empreendedores que pretendem ocupar imóveis vazios nos centros urbanos para população carente e recicladores de resíduos sólidos. Parte dos recursos não reembolsáveis pode ser destinada à capacitação do beneficiado ou então utilizada para iniciar os trabalhos. Também é possível incluir o valor no financiamento bancário para reduzir as taxas de juros.

Fonte: Valor Econômico

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