O termo família é definido no dicionário como agrupamento de pessoas, formado por dois ou mais indivíduos com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afetivas.
Assim é uma empresa. Organizações são construídas a partir do trabalho coletivo de um grupo de pessoas dedicadas a uma atividade econômica, com a finalidade de fazer circular ou produzir bens ou serviços.
A governança familiar vem para organizar a forma como a família empresária se relaciona com os negócios e legado, sempre visando as pessoas.
Quando tratamos de pessoas, há sempre as expectativas delas, a visão delas sobre a família, o negócio e o papel de cada um dentro desse sistema. Isso tudo vem à tona quando uma família empresária começa a colocar regras e conceitos de governança em prática.
O fundamental nesse ponto é entender que nem todos estão prontos para o processo. Há quem vai ouvir e concordar totalmente, se engajar e ocupar funções no Conselho de Família, entendendo os benefícios da mudança para o legado. Mas, há também quem vai achar a proposta inválida, acreditar que trata-se de uma burocratização etc. Também vamos encontrar pessoas neutras pelo caminho: não se engajam ou se comprometem, mas também não se opõem.
Dentro da governança familiar, é fundamental que exista um diálogo, onde será explicado a cada membro os motivos de cada decisão. Isso abre a possibilidade para que novos familiares tenham interesse e busquem uma aproximação, e prepara para que o grupo esteja aberto a acolher essas novas pessoas.
Famílias estão sempre se transformando: crianças crescendo, membros se casando, novos bebês chegando, pessoas envelhecendo, e até mesmo as perdas, que são inevitáveis. Por isso os conceitos de governança devem ser dinâmicos, para que tudo vá se ajustando conforme as mudanças ocorrem.
É primordial que nunca se desista de nenhum familiar. Manter os convites e as tentativas de envolvê-los podem ser atitudes eficazes.
Fonte: Forbes
