Os 7 Pecados Empresariais

1- NÃO PLANEJAR
O empresário em muitos momentos, deixa de lado o planejamento, e segue seu instinto empreendedor, o que nem sempre dá bons resultados. O planejamento, é fundamental em qualquer negócio, desde seu inicio, passando por todas as suas fases, seja para o crescimento, o lançamento de novos produtos, o alcance de metas produtivas, comerciais ou financeiras, e porque não dizer as metas pessoais.

Certa vez, fizemos um planejamento estratégico, para um homem de negócios, extremamente empreendedor, que passava por um enorme dilema em sua vida: como fazer sua empresa crescer, sem delegar e sem perder qualidade de vida.

Uma tarefa difícil, para um homem de negócios à moda antiga. Porém com o planejamento, este empresário entendeu que para um crescimento ordenado, em compasso equilibrado, era necessário um bom projeto financeiro. A adequação da empresa ao mercado, passando pela delegação de poderes, para uma equipe madura. Pode assim manter a tão cobiçada qualidade de vida, aliada ao sucesso financeiro.

2- NÃO CONTROLAR

Este pode ser considerado um dos maiores pecados da empresa brasileira. Não é raro encontrar empresas de médio para grande porte – isto sem falar das de pequeno porte – sem o menor controle de produção e vendas, com a contabilidade feita apenas para atender ao fisco, e sem um departamento de controladoria, próprio ou terceirizado. Vale ressaltar, que estas falhas vêm acompanhadas de total descontrole financeiro, passivo bancário, fiscal, à beira do desastre, que quando há tempo, pode pedir recuperação judicial.

3- NÃO CONTRATAR BEM

Por inúmeras vezes, ouvimos de empresários criticando de forma forte, a falta de preparo de sua equipe. A falta de habilidade profissional para determinados cargos, leva certamente à dispensa . De quem é a culpa?

Podemos colocar a culpa em uma cultura brasileira, onde a massificação do ensino, ou a falta dele, levam a grande massa trabalhadora a não se preparar para o mercado. Também podemos culpar um momento de desespero pelo desemprego, que uma pessoa pleiteia a vaga mesmo sem condições técnicas. Porém a grande culpa deve cair sobre a contratação mal feita. Defendemos a seleção rígida, objetiva, operada por técnicos bem preparados para esta tarefa. Caso a empresa não os tenha, é melhor terceirizar para prestadores de serviços do ramo.

4- NÃO TER POLÍTICA DE RH

Grande aliada na boa performance e fixação da equipe, é a boa política de RH.

Nela, devem estar incluídos, não apenas os planos de saúde e de aposentadoria, o fornecimento de cestas básicas e transporte, mas principalmente, um plano de carreira consistente.

Após a contratação eficiente, para que a empresa conte com funcionários plenos e maduros, é fundamental deixar claro, o caminho a ser seguido para o futuro do profissional, descrito passo a passo, com investimentos em cursos e treinamentos, antes de novos desafios.

Sempre que encontramos uma rotatividade de funcionários elevada, provocada por delegações mal feitas, ou desânimo generalizado acompanhado por críticas à direção da empresa, fatalmente o foco está na falta de política de RH.

Lembre-se, o quanto mais madura é sua equipe, maior pode ser o grau de delegação.

5- NÃO SE MODERNIZAR

A velocidade de mudanças no mundo atual é violenta, e se prestarmos a atenção, o vapor passou a ser usado entre 1700 e 1800, por James Watt, na Escócia, primeiramente, em bombas de poços, para bem depois ser usado em locomoção. Logo, a humanidade levou mais de 1700 anos DC, para iniciar o que provocou a revolução industrial, e em apenas no espaço de 312 anos, chegou à lua, inventou o a televisão, o fax, a internet, o avião a jato, e transformou navios, até então meros meios de transporte, em grandes fontes de entretenimento.

A transformação em todos os segmentos da economia, seja agricultura, indústria, comércio, serviços, tem a mesma velocidade acima citada. A tecnologia transforma o meio produtivo em velocidade impressionante.

Resumindo, quero dizer que a não modernização, resulta na falta de competitividade produtiva, comercial e financeira. Não espere que sua empresa sobreviva ao tempo, sem que haja o acompanhamento e adequação às novas tecnologias.

6- NÃO PRESTAR A ATENÇÃO NO MERCADO

Para exemplificar, cito uma empresa, nossa cliente, que não revelo o nome por motivos éticos, cujo empresário, levado pelas emoções, não buscou no mercado as diretrizes para seus produtos.

Era até então, nos idos de 1995, uma das maiores, se não a maior, produtora de circuitos impressos do Brasil. O comercial ia de mal a pior, a situação financeira declinava mês a mês, o endividamento aumentava. O estudo econômico e financeiro, e a avaliação do mercado, apontaram para uma nova demanda, infelizmente contrária aos produtos da empresa em questão. Os grandes clientes, não mais compravam circuitos impressos, e sim placas eletrônicas já montadas. O resultado, foi o encerramento das atividades, devido à falta de capital e tempo para a adequação ao novo mercado.

As tendências e consequentes mudanças de demanda, devem ser alvo de constantes estudos, não adiantando insistir em contrariar estas forças.

7- NÃO PREPARAR A SUCESSÃO

Meu filho é o meu sucessor nos negócios da família. Ele já é meu vice-presidente. Ótimo!

Porém não se esqueça de prepara-lo para esta árdua tarefa. Ele naturalmente irá carregar o peso de ser seu sucessor, e fatalmente será comparado a você.

Fazendo uma reflexão juntos, podemos chegar à conclusão, que a maioria das empresas ou são familiares, ou têm suas origens nas famílias. Aquelas que mantêm o equilíbrio, o crescimento equalizado, são as que têm nos sucessores, seus verdadeiros líderes, com técnica e competência necessárias. A preparação destes profissionais, passa em primeiro lugar, pela aptidão e desejo destes futuros empresários. Preenchendo estes dois itens iniciais, é iniciada uma sólida preparação, com a formação em boas universidades, a fluência em pelo menos mais uma língua estrangeira, como o inglês, para depois ingressar na corporação, em cargos subalternos, galgando posições, segundo a competência e merecimento.

Esqueça o método de treinar seus descendentes apenas dentro da própria empresa. É claro que sua experiência de vida e do negócio é importante, e deve ser transmitida às novas gerações, porém ela não é suficiente para formar de pronto um profissional a altura para sucedê-lo.

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