Fonte de mudança nos modelos de negócios e da forma de geração de valor de diversas empresas, a transformação digital é uma estratégia utilizada para estabelecer novos paradigmas de inovação. Embora seja um caminho para sobrevivência, traz consigo um conjunto de riscos e incertezas.
Organizações ainda encontram dificuldade em compreender a real urgência em desenvolver um programa de transformação digital interno, em especial empresas que operam distantes dos clientes finais. Isso porque é preciso reagir ao comportamento dos clientes, inclusive aqueles com os quais há um contato menor. Através da transformação digital, é possível formar redes complexas, que englobam fornecedores, parceiros e o cliente final, por exemplo.
Os planos não vão adiante sem uma cultura que encoraje as pessoas a implementar a transformação digital como estratégia. A novidade introduz metodologias e práticas de trabalho que antes não eram utilizadas na organização, e provocam grandes mudanças na cultura da empresa. Nasce, então, uma nova cultura – que questiona os hábitos previamente estabelecidos.
É papel do conselho de administração estar atento a essa mudança. As empresas devem se adaptar a uma cultura voltada ao aprendizado contínuo, colaboração e tolerância a erros. Por isso é importante iniciar a jornada de transformação digital pela implantação de uma cultura de inovação: é fundamental garantir aos colaboradores que serão ouvidos e as opiniões serão levadas em consideração.
“A iniciativa de transformação digital já é uma resposta ao risco de disrupção que enfoca o risco da própria continuidade da organização. Para isso, é necessária uma determinação clara do CA. É importante que o conselho de administração, além de determinação, apresente na sua composição a diversidade de talentos que garanta a compreensão adequada da dimensão do processo de transformação (digital e cultural). E, além disso, deve haver uma estratégia clara onde a organização pretende chegar”, afirma Mário Fontana, especialista da C&S em Transformação Digital.
Cabe à presidência, que lidera a organização nesse processo, estar engajada e totalmente alinhada com o conselho de administração, além da estratégia que é implantada. Entre os riscos que o processo de implantação da transformação digital pode trazer, estão a dinâmica do conselho de administração não acompanhar a dinâmica do processo de transformação digital; a eventual dificuldade da empresa em lidar de forma criativa com o erro; terceirizar tarefas ligadas a competências essenciais, iniciativas parciais que afetem a arquitetura dos sistemas e processos; alocação de recursos insuficientes, gerando falta de orçamentos específicos, etc.
O processo de transformação digital já é uma realidade em empresas estabelecidas, e torna-se cada vez mais inevitável para as demais organizações com o passar do tempo. Trata-se de uma mudança geral, que exige determinação, planejamento e execução cautelosa.
Fonte: IBGC
