O que diz o relatório Top Risks 2022 Eurasia – Parte 3

Todos os anos, o Eurasia Group, empresa de consultoria e pesquisa de risco político, elabora a lista dos principais riscos geopolíticos para o próximo ano. O relatório é de autoria dos presidentes do Eurasia Group, Ian Bremmer e Cliff Kupchan. Esse aqui é o terceiro episódio do Cenário Relevante em que você confere mais alguns dos principais riscos para 2023.

Apesar das previsões otimistas no setor de energia para 2023, a crise de energia é um dos riscos projetados pelo relatório para este ano. Uma combinação geopolítica, econômica e de fatores de produção, vai criar condições de mercado muito mais rígidas, em especial no segundo semestre.

Assim, os custos para famílias e empresas aumentarão, e a carga fiscal nas economias de consumo vai crescer. Essa passa a ser uma fonte de tensões entre o Ocidente e o mundo em desenvolvimento.

E por falar em recursos, a escassez de água está no top 10 do ranking.

Para 2023, o estresse hídrico passará a ser um desafio global e sistêmico, enquanto governos ainda tratarão a situação como uma crise temporária.

No ano passado, a queda nos níveis de água exacerbou a crise alimentar na África, interrompeu o transporte marítimo e a produção nuclear na Europa, além de levar ao fechamento de fábricas na China. Mas agora, em 2023, esse estresse hídrico se tornará o novo normal: os níveis dos rios vão cair ainda mais e dois terços das empresas em todo o mundo vão enfrentar riscos hídricos de forma significativa em suas operações e cadeias de suprimentos.

A projeção para 2023 aponta que os EUA e a Europa continuem aliados no apoio à Ucrânia, apesar do desacordo interno na União Européia sobre a possibilidade de pressionar a Ucrânia a negociar. Independentemente das flutuações no apoio político nos Estados Unidos nos próximos meses, o governo Biden já garantiu ajuda militar e financeira para o ano. A autoridade de empréstimo segue em vigor até o final do ano, dando ao governo ampla autonomia para fornecer mais equipamento militar à Ucrânia.

Fonte: Eurasia Group

Fale com o nosso especialista

e deixe sua pergunta.