O papel do Governance Officer

O cargo de Governance Officer vem apresentando muitas vantagens para as empresas. Por conta disso, o grau de valorização dessa posição tem aumentado cada vez mais entre companhias do mundo todo. O nome foi reformulado, dando maior visibilidade à evolução da função e também à governança no dia a dia das empresas.

Carolina Siqueira, especialista da C&S em assuntos jurídicos e governança corporativa, acredita que a função desempenhada pelos profissionais de governança evoluiu à medida em que os conselhos atingem um grau de maturidade maior.

“Governance Officer é, na verdade, uma nova terminologia utilizada para designar os profissionais que orientam sobre os aspectos da governança corporativa aos acionistas, conselheiros, diretoria executiva e stakeholders, nas decisões estratégicas da empresa.

Há algum tempo essa função vem evoluindo junto com a Governança Corporativa, e à medida em que os Conselhos atingem um grau de maturidade maior, a função desempenhada pelos profissionais de Governança evolui junto, agregando funções e responsabilidades.

Essa evolução é muito observada internamente nos Conselhos, e foi interessante observar que a evolução com relação ao trabalho desenvolvido por esse profissional da Governança tenha sido tão significativa nos últimos anos, e que tenha ensejado inclusive a mudança da nomenclatura, o que indica que a Governança Corporativa no Brasil tem sido praticada de forma mais madura”, afirma.

Quem explica essa mudança de nomenclatura é Gustavo Franceschi, Governance Officer da C&S.

“No passado, os profissionais que atuam junto aos órgãos de governança tinham como responsabilidade organizar e mediar as reuniões do conselho – permitindo que os membros soubessem o que seria feito naquele dia, alertando para a questão de tempo e documentando a ata. Até então, o nome do cargo era Corporate Secretary, ou secretário de governança, que agora passa a ser Governance Officer, com uma atuação mais ampla e estratégica”.

Junto dessa mudança, também há a consciência sobre o papel da governança como um todo nas empresas; necessidade de maior fluidez na interação entre os órgãos de administração e as instâncias compostas pelas lideranças executivas. É aí que entra o Governance Officer, que não atua somente como responsável no assessoramento das instâncias administrativas, mas também intermedeia o conselho administrativo e outros órgãos executivos, pensando de forma estratégica e crítica sobre as melhores práticas para a empresa.

Para José Eduardo Castilho, advogado e membro da Comissão de Governance Officers do IBGC, há três frentes principais de atuação desses profissionais. Há a frente operacional, focada na realização de reuniões e formalização do que foi decidido nos encontros; a frente estratégica, que é voltada a trazer inovações de governança para a empresa, alertar os membros sobre pontos discutidos no mercado e no mundo e que não estão em evidência internamente; e a frente de relacionamento, uma vez que as informações entre órgãos de decisão, fiscalização e assessoramento das empresas muitas vezes são delicadas, e o Governance Officer pode fazer a ponte entre gestores executivos e membros da administração.

A posição vem se desenvolvendo e incorporando outras atribuições. A relevância do profissional fica em evidência para a companhia, assim como a necessidade de aperfeiçoamento e capacitação para assumir compromissos de um profissional que é visto como guardião da governança. O Governance Officer, por vezes, assume a função de articulador, facilitador e aconselhador.

Carolina Siqueira, especialista da C&S em assuntos jurídicos e governança corporativa, e Gustavo Franceschi, Governance Officer da C&S, comentam este novo papel dentro da governança corporativa.

FONTE: IBGC

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