Novos hábitos alimentares na Inglaterra no pós pandemia

As cadeias de abastecimento de empresas de toda a economia britânica foram afetadas pela pandemia do novo coronavírus. O setor mais prejudicado foi o de produtores de alimentos, que sofreram com escassez crítica de mão de obra e capacidade de transporte reduzida, além de oscilações na demanda.

Em tempos normais, britânicos consomem cerca de um quarto da comida nacional em pubs, cafés e restaurantes. Bilhões de libras foram redirecionadas desses estabelecimentos para o varejo, e em um mês o setor de supermercados cresceu 11%.

A Estratégia Nacional de Alimentos, um panorama elaborado pelo governo e publicado em julho, relata como o país lidou com essa mudança.

 A demanda por alguns alimentos aumentou, derrubando o equilíbrio entre produtores, atacadistas e varejistas, responsáveis pelo abastecimento do país.

Foram observados picos na venda de álcool, carne e ovos, que tiveram saída semelhante à época de Natal. A demanda por bebidas alcoólicas foi uma das que mais cresceu. Na semana anterior ao início da quarentena, foram vendidos 75 milhões de litros de álcool no país. No final de maio, as vendas chegaram a 99 milhões de litros por semana, o que representa aumento de 110% em relação ao registrado antes da pandemia.

Já uma tradicional pasta de fermento salgado sofreu com a pandemia. A Unilever, fabricante do produto, foi forçada a parar a produção de potes maiores que 250g. Isso por causa do aumento da demanda e escassez de levedura de cerveja, diante do fechamento repentino de pubs.

Já o preço de frutas cítricas disparou. Fabricantes de álcool em gel compraram grandes quantidades para perfumar os produtos, o que ameaçou o abastecimento dos mercados.

Produtos que tiveram crescimento de vendas no início da crise, como massas e enlatados, voltaram aos níveis normais. A demanda por vegetais cresceu, o que significa que a população passou a comer de forma mais saudável. Esses novos hábitos de alimentação e compras dos britânicos devem ser analisados pelo mercado.

Fonte: The Economist

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