Julgamento de fraude no Vale do Silício

O julgamento criminal de Elizabeth Holmes foi iniciado no final de agosto deste ano. A empresária da área de biotecnologia, chegou a ser apelidada de “novo Steve Jobs”, e agora é acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por fraude eletrônica, inclusive envolvendo um esquema para fraudar investidores, além de outro esquema separado para fraudar médicos e pacientes. O caso é acompanhado há anos pelo Vale do Silício, com intensa mídia e muita repercussão popular.

Esse caso destaca dúvidas críticas de governança de startups com controle do fundador. O conselho da empresa era preenchido por membros poderosos, onde Elizabeth Holmes era presidente. Na lista, estavam ex-secretários de Estado dos EUA, ex-senadores, entre outros nomes influentes.

Holmes é uma das acusadas de levantar mais de US$ 700 milhões de investidores através de uma fraude elaborada, quando foram feitas declarações falsas sobre tecnologia, negócios e finanças. A empresária chegou a pagar multa de US$ 500 mil, foi impedida de atuar como executiva ou diretora de empresas públicas por 10 anos, além de precisar devolver as ações que obteve durante a fraude, abrindo mão do controle de voto da Theranos, empresa que foi dissolvida um tempo depois.

O caso traz à tona fraudes em empresas privadas. Dispositivos antifraude das leis federais de valores mobiliários continuam obrigatórios em empresas privadas, mesmo que em fase de desenvolvimento.

Há uma longa lista de organizações e empresários acusados de comportamento impróprio e fraude. Deixamos como sugestão o episódio 40 do podcast Boardroom Governance, com Robin Ferracone. Ela é fundadora e CEO de uma empresa de consultoria em governança e remuneração de executivos. Neste podcast, aborda tendências de remuneração, tendências regulatórias envolvendo gestão de capital humano e muito mais. Clique aqui para acessar o conteúdo: https://boardroom-governance.com/episodes/robin-ferracone

Fonte: Boardroom Governance Newsletter

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