Evolução e desafios na Governança Corporativa

Apesar dos significativos avanços da governança corporativa nas empresas brasileiras recentemente, o mercado de capitais no nosso país ainda encontra muitos desafios e obstáculos.

Essas questões devem ser superadas para que investidores tenham mais credibilidade no ambiente nacional.

Dentro desse tema, o Cenário Relevante hoje traz a visão de Marta Viegas. Ela é chefe da área de governança corporativa do BID Invest, órgão do Banco Interamericano de Desenvolvimento – responsável pela realização de investimentos de impacto.

A especialista é também advogada, e tem bagagem consistente nos mercados nacional e internacional. Marta Viegas participou do Conselho do IBGC – o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Para ela, empresas brasileiras devem avançar mais quando se trata de boas práticas e formação de Conselhos com maior diversidade.

Ao avaliar a evolução da governança corporativa nas empresas nacionais, Marta Viegas diz considerar avanços importantes nos últimos anos. Por exemplo, a adoção do Código Brasileiro de Governança Corporativa para empresas abertas, revisão das regras para segmentos de listagem da B3.

Ela acredita que o principal avanço tenha sido a disseminação do conhecimento no mercado brasileiro, e atribui a conquista ao trabalho de excelência desempenhado por organizações como o IBGC e a Amec.

Um tópico que carece de atenção é o de temas sensíveis e que são recorrentes no cenário nacional. Como exemplo, temos conflitos de interesses em transações com partes relacionadas.

De acordo com a especialista, o mercado nacional apresenta características estruturais complexas e que costumam gerar insegurança ao investidor. Isso acontece em decorrência da ausência de um sistema de pesos e contrapesos nas companhias, que poderia balancear conflitos entre acionistas majoritários e minoritários.

Voltando a falar sobre diversidade, Marta Viegas diz que o Brasil precisa evoluir muito nesse sentido. A diversidade de gênero precisa ser melhor trabalhada, já que o percentual está estacionado há anos – mulheres representam cerca de 8% dos cargos em conselhos no Brasil. Ao estender o tema para além da diversidade de gênero, também encontraremos situação semelhante, e valorizar essas mudanças não tem nada a ver com o politicamente correto, mas sim melhorar o processo de tomada de decisões.

Fonte: AMEC Brasil

Equipe Técnica

Profissionais Multidisciplininares

Fale com o nosso especialista

e deixe sua pergunta.