EUA e EAU investem R$ 41 bi em agtechs

Conhecidas como agtechs, as startups especializadas em desenvolver soluções voltadas para o setor do agronegócio terão investimento de R$ 41 bilhões nos próximos cinco anos pelos EUA e pelos Emirados Árabes Unidos. A iniciativa global busca tornar a agricultura mais limpa.

De acordo com o Secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, grande parte do financiamento será destinado a áreas de ponta, como nanotecnologias, biotecnologias, robótica e inteligência artificial. Parte disso pode ir para tecnologias emergentes, desde sensores e drones, na agricultura de precisão, até entender especificamente o que cada hectare de terra precisa ou não, reduzindo insumos e a emissão de carbono.

O compromisso de financiamento inicialmente era de US$ 4 bilhões, mas dobrou. Outros seis países também aderiram à iniciativa. Chile, Costa Rica, Egito, Guiana, Moçambique e Turquia agora estão entre os 140 parceiros governamentais e não governamentais, formando o principal grupo de esforço mundial para limpeza agrícola.

8,5% de todas as emissões de gases de efeito estufa e 40% das emissões globais de metano anuais vem da agricultura. Com as abordagens às áreas mais nocivas, essas emissões devem reduzir.

Há também três áreas principais que devem passar pelo processo de limpeza: tecnologias emergentes, inovações de pequenos agricultores e pesquisa agroecológica.

O programa tem duração de cinco anos. Como iniciou no ano passado, segue até 2025. A iniciativa espera lançar sprints de inovação em quatro áreas focais durante a COP27: pequenos agricultores em países de baixa e média renda, redução de metano, tecnologias emergentes e pesquisa agroecológica.

Alguns desses sprints já estão em andamento. A IBM prometeu US$ 10 milhões para organizações que promovem a agricultura sustentável. A organização Plan21 ajuda pequenos agricultores na América Latina.

A Fundação Bill e Melinda Gates investiu US$ 40 milhões no financiamento de bancos de genes e acesso dos agricultores a sementes que possuem resiliência incorporada a um clima em mudança.

Alguns dos maiores produtores de alimentos da Ásia, como Rússia, Índia e China, não fazem parte da iniciativa AIM for Climate. Muitos dos integrantes são importadores de alimentos, como os Emirados Árabes Unidos, que gastaram mais de US$ 1,1 bi em produtos agrícolas dos EUA no ano passado. Mas os Emirados querem garantir o suprimento de alimentos de outras formas. Atualmente, o país investe grandes quantias em agrotecnologia e aquicultura.

A Fish Farm, sediada em Dubai, iniciou suas atividades em 2013 e produziu 600 toneladas de salmão em 2020, chegando a 1.000 toneladas em 2021. Abu Dhabi investiu US$ 100 milhões em quatro empresas de agrotecnologia, a primeira etapa de um programa maior, com aporte de US$ 272 milhões.

É improvável que os Emirados Árabes Unidos tornem-se autossuficientes em alimentos. Contudo, turbinar a indústria de agrotecnologia pode aumentar as chances de se chegar lá e reduzir as emissões no processo. Todos os países devem fazer algo a respeito.

Fonte: Forbes

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