Estudo aponta erros no Índice G e propõe nova base de dados

Uma nova pesquisa da Escola de Direito da Universidade da Virgínia, nos EUA, identificou que duas décadas de estudos influentes sobre governança corporativa e avaliação das empresas são baseados em dados não confiáveis.

No artigo chamado “Limpando a governança corporativa”, é apresentado que um índice citado milhares de vezes por acadêmicos para medir a governança e os direitos dos acionistas está repleto de erros.

Essa nova pesquisa também oferece um conjunto de dados com informações guia para corrigir o problema, criando assim uma imagem mais clara sobre a dinâmica de poder que controla as sociedades e como isso implica em termos de potencial de lucro, valorização e perspectivas de longo prazo.

Dezenas de estudantes de direito e acadêmicos coletaram dados que terão papel importante na governança corporativa do futuro.

Quando falamos em dados equivocados, estamos tratando em especial do Índice G, como é conhecido o Índice de Governança. Citado quase 10 mil vezes e baseando vários outros índices, o Índice G vem de uma fonte de dados privada, com dados não muito transparentes. Por isso, foi preciso reunir uma versão própria dos dados, o que levou os pesquisadores a descobrir que os dados originais estão mais de 80% incorretos.

O estudo do Índice G foi uma das primeiras tentativas de quantificar dados de governança corporativa, que geralmente chega até nós em forma de texto, estatutos e outros documentos legais. Perguntas básicas sobre governança podem ser respondidas após estudo de diversos lugares diferentes e reflexões sobre como eles interagem. É difícil quantificar dados de governança corporativa, e por isso os primeiros dados que puderam fazer isso acabaram disparando. O Índice G foi pioneiro e abriu porta para pesquisas empíricas sobre o tema, mas chegou a hora de atualizar esses dados.

Os novos dados serão públicos, com acesso grátis e aberto. Isso vai permitir que pesquisadores revisitem algumas das descobertas mais importantes das últimas décadas.

Fonte: University of Virginia

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