Empresas lutam para implantar segurança de “confiança zero”

Ataques e violações frequentes têm motivado empresas a priorizar a segurança de “confiança zero” em 2021. Confiança zero, pra quem não conhece o termo, é uma iniciativa estratégica que ajuda a prevenir violação de dados, eliminando o conceito de confiança do design da rede de uma organização. Confiança zero não significa tornar um sistema confiável, e sim eliminar totalmente a confiança.

Cada vez mais tentativas de violação e ataques cibernéticos ocorrem e tornam a confiança zero cada vez mais urgente para as empresas. É o que aponta uma pesquisa recente com profissionais da área de segurança na internet. 80% das organizações planejam implementar segurança de confiança zero em menos de 12 meses. 83% concordam que a confiança zero é estrategicamente necessária para o andamento dos negócios.

A pesquisa Zero Trust Market Dynamics da Ericom avalia a percepção do mercado da estrutura de segurança de confiança zero, explora os planos das organizações para adoção e implementação, e também identifica os principais problemas que inibem seus movimentos para a confiança zero. Aproximadamente 1.300 profissionais de segurança e risco participaram da pesquisa em julho de 2021.

Mário Fontana, especialista da C&S em Transformação Digital, afirma que a segurança digital tornou-se primordial este ano.

“2021 marca o momento em que as decisões de segurança cibernética têm a mesma importância das decisões de negócios. As empresas notam que precisam de uma abordagem mais proativa diante de todas as possíveis ameaças. As organizações então passaram a priorizar a segurança de confiança zero, para proteger as iniciativas de negócios digitais que estão em curso e também as futuras”.

Os prejuízos de um ataque cibernético podem chegar a US$ 20 bilhões este ano. De janeiro a julho foram registradas mais de 2 mil reclamações pelo FBI, no departamento de crimes relacionados à internet, associadas a mais de US$ 16,8 milhões em perdas, o que representa 62% de aumento nos chamados e 20% mais perdas relatadas, isso em comparação com o mesmo período do ano passado.

A mesma pesquisa traz também insights relevantes, como: 82% dos profissionais acreditam que confiança zero é uma estratégia essencial para suas empresas, e 56% planejam a mudança para os próximos seis meses ou menos.

Executivos de nível C afirmam que os orçamentos refletem maior ênfase em infraestrutura de nuvem híbrida enquanto há um esforço para que tudo se torne virtual. A prioridade é transformar digitalmente as experiências dos clientes online e em todos os canais, tornando tudo mais consistente, sem contato e em tempo real.

52% dos profissionais adotam segurança de confiança zero na intenção de alcançar uma abordagem mais proativa e proteger as operações de negócios principais. Esse número ressalta ainda mais a visão das organizações sobre investimentos em segurança de confiança zero: é uma decisão de negócios também.

Fato é: a confiança zero tem se mostrado eficaz em superar desafios, provando que é uma solução para combate a ataques sofisticados. Mas, mesmo que os entrevistados estejam otimistas quando a utilização da medida, estão ao mesmo tempo menos confiantes nas próprias habilidades de implementação das soluções com sucesso. Mais de 70% dos profissionais acreditam que ter ajuda para implementar a confiança zero tornaria tudo mais rápido.

Fonte: VentureBeat

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