Diversidade real nos conselhos de administração

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA aprovou uma proposta da Nasdaq para aumentar a diversidade e inclusão na diretoria da empresa. Isso ocorre após quase um ano de revisão. A bolsa de valores com sede nos Estados Unidos agora exige que todas as empresas listadas divulguem a diversidade do conselho através de um modelo padrão, tendo ao menos dois diretores de grupos sub-representados: uma mulher e outro que se identifique como LGBTQ+. Caso isso não seja apresentado, a empresa deve justificar a ausência da diversidade no conselho.

Há quem discorde da mudança, mas os argumentos para promover a diversidade e inclusão são sólidos. O que se discute agora é como as empresas podem implementar as novas diretrizes e alcancem uma mudança cultural significativa, indo além dos requisitos superficiais.

A novidade segue um compromisso social crescente de organizações do setor privado com a Diversidade, Equidade e Inclusão. Apesar de conhecer os vários benefícios disso, empresas ainda lutam para obter representação diversificada em todos os níveis de gestão interna. Isso revela a dificuldade trazida pela proposta, apesar de ser muito significativa e relevante. Portanto, as recomendações oferecem orientação inicial sobre diversificação de conselhos. A boa governança deve mitigar o risco para todas as partes interessadas, garantindo que o futuro da organização seja sustentável.

Pesquisas apontam que muitos conselhos falharam ao incorporar essa diversidade até o momento. Uma das razões é a necessidade do conselho identificar razões significativas para buscar talentos diversificados. Outro motivo é que a ampliação dos círculos profissionais requer acesso a diferentes redes, fora do alcance dos atuais membros do conselho. Há também a atualização do pensamento tradicional, que é indispensável, adaptando as formas de ser e ver o valor de maneira diferente.

Conselhos que desejam assumir e manter um compromisso genuíno com a inclusão, equidade e diversidade, devem cultivar um propósito comum. As intenções precisam corresponder às ações, gerando uma coerência.

Fonte: Harvard Business Review

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