Gestores de impacto são aqueles que deixam a marca de sua administração nas empresas por onde passam. Um fator essencial para que isso ocorra é o senso de propósito e responsabilidade, quando há clareza sobre o legado que uma empresa pretende deixar na sociedade.
Com uma consciência social cada vez maior, a maioria dos cidadãos quer um retorno financeiro através de modelos responsáveis de gestão, com uma mentalidade de propósito. Talvez você tenha pensado logo no ESG, mas vai muito além disso. O ESG é saudável, mas quanto mais popular ele se torna, mais incompreendido ele é – e passa a ser usado pelas empresas de forma inadequada.
No meio corporativo, há outras formas de deixar um legado, como resolver dores da sociedade através de um serviço específico, desenvolver produtos revolucionários que facilitam o dia a dia, e até promover o bem-estar dos colaboradores – servindo como modelo para outras organizações.
É preciso investir no caráter da empresa. Objetivos, valores, padrões éticos e a cultura corporativa contribuem para a geração de valor de uma empresa e na governança, mantendo o modelo de negócios e seus impactos sociais.
Enquanto o ESG olha de fora para dentro, a administração olha de dentro para fora. O ESG atinge seu limite onde a administração realmente começa. Uma instituição de investimentos, ao examinar o portfólio de uma empresa, avaliaria a força de sua administração. Entre os critérios, teríamos o relacionamento com funcionários, acionistas, investidores, etc, por exemplo.
Há muitos incentivos para o setor de gestão de ativos se tornar competitivo na busca de retornos financeiros. O que falta, agora, é incentivá-los para que os membros sejam reconhecidos como excelentes administradores, confiantes que podem oferecer perseverança como forma de agregar valor à sociedade.
Certamente, não é uma jornada fácil. Mas é preciso desafiar todos aqueles que têm responsabilidades em uma organização, seja o proprietário, o acionista, o administrador, diretor ou gerente.
Fonte:Board Agenda
