Biden se compromete com política climática

Após a diretora de inteligência dos Estados Unidos, Avril Haines, pedir a líderes mundiais urgência na mudança climática integrada com a segurança nacional, o presidente norte-americano Joe Biden se comprometeu a reduzir as emissões pela metade até o final da década. Isso aconteceu em uma reunião virtual do Dia da Terra, celebrado em 22 de abril.

Na ocasião, Haines disse aos líderes mundiais que a mudança climática não era mais uma questão periférica, mas que estava agora no centro da política externa dos EUA, com impactos de longo alcance sobre o envio de forças e estabilidade.

Com tom de urgência, Haines disse discordar das atitudes de muitos de seus antecessores, que minimizaram a questão climática, ignorando secas, quebras de safra, incêndios, etc. Isso tudo foi dito após oficiais da OTAN anunciarem que provavelmente concordariam com um plano de ação climático para reduzir as emissões das unidades militares, e conduzir uma avaliação de toda a aliança de ameaças potenciais decorrentes de eventos climáticos.

No mesmo dia, a CIA anunciou que adicionaria uma nova categoria para cobrir o meio ambiente. Agora, a agência conta com um guia de dados mais recentes do país sobre clima, poluentes atmosféricos, doenças infecciosas, segurança alimentar, resíduos e outros tópicos ambientais.

Dois relatórios recentes, inclusive, mostraram um quadro sombrio sobre a mudança climática. A avaliação anual de ameaças mundiais trouxe que condições meteorológicas extremas causadas por mudanças climáticas vão aumentar o potencial para picos de migração, causando instabilidade no mundo todo.

Diante disso e muitos outros fatores revelados nos relatórios, o presidente Biden declarou que vai agir sobre a mudança climática, e a Casa Branca informou que vai aumentar a verba para países em desenvolvimento resolverem o problema.

Na contramão do que vinha fazendo o governo Trump, Biden prometeu cortar as emissões pelo menos pela metade em relação aos níveis de 2005 até 2030. O governo pretende dobrar até 2024 a verba para países em desenvolvimento em comparação com o que foi oferecido pelos EUA anualmente na segunda metade do governo Obama. A atitude tomada três meses após Biden assumir a presidência traz um contraste notável com o governo Trump.

A reunião de dois dias ocorreu em um momento de alerta feito por cientistas, que pedem atitude por parte dos governantes com medidas decisivas que possam evitar o aumento das temperaturas globais, para que não alcancem 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais. Se esse limite for ultrapassado, podem ocorrer consequências como extinções de espécies em massa, escassez de água e eventos climáticos extremos em países mais pobres, menos responsáveis por causar o aquecimento global.

Por isso é tão importante quando implantamos práticas ligadas ao ESG nas empresas. A preocupação climática deve ser prioridade na gestão das organizações, preservando o meio ambiente e prevenindo grandes e devastadores desastres.

Fonte:NY Times

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