Balanced Scorecard e Metodologias Ágeis – Evitando “Miopias” na Execução da Estratégia

Originada a partir de um estudo em 1990 intitulado de “Measuring Performance in the Organization of the Future” (Medindo o Desempenho nas Organizações do Futuro), o Balanced Scorecard é descrito por seus criadores (David Norton e Robert Kaplan) como o “elo perdido entre a formulação e a execução da estratégia”.

Amplamente utilizado nas últimas 3 décadas por grandes empresas como um processo para execução da estratégia, o Balanced Scorecard (BSC) vem perdendo espaço para metodologias que tem ajudado diversas empresas de tecnologia a buscarem seus objetivos de uma maneira mais rápida e interativa.

Mas qual motivo de ainda falarmos de BSC num contexto de grande dinamismo, onde a velocidade no alcance do resultado é fator decisivo?

Simplesmente porque o BSC ainda é uma das metodologias mais robustas para implementação da estratégia, pois conta a estória do que deve acontecer, através de uma visão holística, para chegar ao resultado esperado (lucro).

Passando por diversas perspectivas – financeiras e não financeiras, ou mesmo considerando objetivos de curto e longo prazo, evidenciando a receita, mas também prezando pela redução do custo, quer seja através de indicadores de tendência ou de resultado, o BSC busca executar a estratégia da maneira equilibrada e através de uma sequência cronológica que dá sentido ao processo.

Assim, o resultado esperado é consequência de uma séria de projetos, iniciativas e ações que acontecem no sentido de preparar pessoas, processos e organizações, para que possam executar com excelência suas atividades mais relevantes, as quais irão impactar diretamente no cliente, que em maior quantidade ou mais comprador, irá resultar em maior receita, que aliada ao controle de gastos e otimização dos recursos, irá garantir a lucratividade esperada.

Trata-se de um projeto extenso, multidisciplinar, que integra áreas, transforma pessoas, processos e a própria cultura da organização, leva tempo para ser implementado e grande esforço para ser perenizado como um ativo da empresa. Porém os resultados certamente virão.

Metodologias ágeis são leves, rápidas, fáceis de entender e absorver, porém podem não entregar o resultado necessário a depender do momento da empresa, das suas necessidades e disponibilidades.

Assim, temos utilizado o BSC em casos em situações em que há necessidade de atuar em diversas frentes de trabalho simultaneamente, desde a equipe comercial para aumentar as vendas (ou a qualidade da venda), controle e redução de gastos e otimização da utilização dos recursos, bem como a execução dos processos essenciais ao negócio como inovação ou manufatura, e, principalmente no desenvolvimento e preparação de pessoas, sistemas e uma cultura que permita o projeto alcançar seu resultado.

Por este motivo, aliar o BSC com metodologias ágeis pode, em muitos casos, evitar “miopias” ou lacunas que poderiam retardar ou até mesmo inviabilizar o resultado almejado.

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