Armadilhas na implantação de OKRs

Conforme a pandemia impôs uma transformação digital nas empresas, muitas delas recorreram aos OKRs para se alinhar com métricas e metas.

Fato é que, quando mal implementados, os OKRs são um desastre. Em vez de acelerar a produção, retardam a operação. Em um artigo para a Forbes, são listados quatro motivos mais comuns para as empresas não darem certo com os OKRs, e também como fazer para que isso funcione.

A primeira delas: usar OKRs para microgerenciar equipes. A ferramenta deve refletir os valores e prioridades da empresa, que refletem as necessidades dos clientes. A estratégia não deve ser forçada de cima para baixo, pedindo às equipes que priorizem recursos que consideram pessoalmente importantes, ignorando aqueles que realmente geram valor.

Não se deve alterar os OKRs para corresponder ao desejo por recursos personalizados. O ideal é permitir que os objetivos de negócios e métricas priorizem os itens mais importantes. Fazer o contrário disso acaba criando um gargalo invisível na operação: mais recursos são solicitados, sobrecarregando a produção, e menos recursos sob demanda chegam ao consumidor final.

O que pode solucionar essa questão é algo simples: eliminar OKRs de cima para baixo e voltar aos fundamentos concentrados no cliente. OKRs eficazes devem ajudar as empresas a identificarem onde os gargalos acontecem, para que os obstáculos sejam removidos.

Outra armadilha é confiar apenas em OKRs que medem o desempenho financeiro, como gerenciamento de gastos ou receita. O valor e a satisfação do cliente quase nunca pode ser medido apenas em dólares. O aumento da receita é sim um bom indicador, mas ele não virá do dia para a noite – é um processo. A solução aqui é olhar para o cenário geral.

Mais um obstáculo pode ser usar OKRs para definir o caminho da empresa. A ferramenta é sim importante e funciona como um norte, mas não é capaz de suprir falta de planejamento. É preciso definir o que será entregue, em qual ordem, com quais recursos e qual produto deve ser priorizado. Os OKRs servem para ajudar a priorizar, mas a base será o planejamento bem estruturado. Os indicadores são um meio para o fim, e não o fim em si.

A dica é descobrir quais os melhores indicadores. Luciano Menegasso, especialista da C&S em Gestão Estratégica, explica como os OKRs são implementados no dia a dia com nossos clientes.

“É importante reforçar que OKR é uma metodologia que ajuda a desdobrar a estratégia num conjunto de objetivos, métricas e metas, garantindo alinhamento e foco das equipes. Então, OKRs não substituem o planejamento estratégico. Ao contrário, OKRs dependem da visão de longo prazo, das diretrizes e prioridades que o planejamento estratégico traz.

Aqui na C&S, buscamos elaborar o plano estratégico em primeiro lugar, para depois iniciar o processo de implantação dos OKRs em nossos clientes. Nos casos em que as empresas já têm um plano definido, aproveitamos o início do trabalho para revisá-lo, certificando que suas premissas e definições ainda estejam aderentes à visão de longo prazo da empresa.

Não podemos esquecer avaliar se o plano continua alinhado às necessidades e ao momento do mercado. Para nós, iniciar um projeto de OKRs sem o alinhamento e discernimento proporcionado pelo Planejamento Estratégico pode significar uma grande perda de tempo e esforço.”

Atente-se também a não criar OKRs que não considerem a capacidade da equipe. Nem sempre temos todos os recursos necessários para dar ao cliente exatamente o que ele deseja. As equipes são limitadas, então seja realista. Se forem considerados OKRs que não abrangem o tempo ou o pessoal, isso pode se tornar um gargalo que vai desacelerar a empresa. Sempre trabalhe com a equipe para garantir que os OKRs sejam cumpridos de maneira realista.

Fonte: Forbes

Equipe Técnica

Profissionais Multidisciplininares

Fale com o nosso especialista

e deixe sua pergunta.