Em comemoração aos 25 anos do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o IBGC lançou uma agenda positiva no segmento. A entidade é a principal quando se trata de fomento às boas práticas empresariais do país.
A agenda conta com 6 pilares e 15 medidas definidas em conjunto com 30 organizações, como a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a Associação Brasileira de Startups. A novidade também é um movimento de atualização e acompanha mudanças globais no capitalismo, transformações que foram acentuadas pela pandemia do novo coronavírus.
A exemplo das mudanças, está a declaração de rompimento com a ideia de que lucro é o propósito das empresas, e marca o surgimento formal do capitalismo de stakeholder, conceito de que empresas existem para gerar valor a todos os interessados, e não apenas aos acionistas.
Também é pauta da agenda positiva de governança corporativa o aumento da diversidade nos conselhos de administração. Atualmente, mulheres são 10% dos conselheiros, por exemplo. É preciso expandir a participação feminina, agregar representantes negros, e por isso foi proposto o programa de diversidade e inclusão. Serão investidos recursos financeiros e de pessoal, para que seja colocado em prática um plano de ações voltadas a essa ideia.
Recentemente, um caso de repercussão nacional trouxe reflexões para a governança corporativa. Uma tragédia ocorrida em uma loja da rede Carrefour, em Porto Alegre, terminou com a morte de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro que foi espancado até a morte por seguranças do local.
De acordo com especialistas, acionistas e investidores poderiam ter agido de forma mais rápida na gestão de crise. As ações da rede de supermercados chegaram a cair 2% no início do pregão na data do crime, mas se recuperaram rapidamente e voltaram a crescer no mesmo dia. Esse caso trouxe dúvidas sobre a aderência aos princípios ESG – ambientais, sociais e de governança.
Fonte: Exame
