A Reestruturação Empresarial

A palavra reestruturação, no mundo empresarial, remete ao pensamento sobre Recuperação Judicial ( R.J. como é conhecida), Alongamento do Perfil do Passivo com Bancos, Fornecedores e Fisco.

Embora seja largamente anunciada como a salvação para as empresas em dificuldades, a R.J. tem seu lado extremamente negativo. A estatística nos mostra, que apenas um pequeno percentual de empresas neste processo, consegue pagar os credores e não ter a falência decretada. O motivo é bem simples.

Após a aprovação da R.J. pela assembleia, o crédito é cortado pelo sistema financeiro, os fornecedores cortam o prazo para pagamentos, só sendo possível comprar à vista, além de ter que honrar com as obrigações em dia, para que não haja mais apontamentos e negativações junto aos órgãos como SERASA, SPC, PROCON, entre outros.

É uma verdadeira batalha pela sobrevivência. O empresário e seus funcionários, são tratados como verdadeiros bandidos. São vistos como aqueles que deram um “Tombo na Praça”. É claro que na sua grande maioria, não é verdade.

A melhor alternativa para quando a empresa se encontra em situação difícil, é a Reestruturação do Negócio. É mostrar ao mercado que há uma verdadeira mudança de direcionamento, e que está sendo buscada uma alternativa para os pagamentos, de acordo com as possibilidades do fluxo de caixa. Uma negociação objetiva e aberta.

É mostrar também que a viabilização do fluxo de caixa, não se dará apenas pelo alongamento de prazos dado pelos credores, mas principalmente pela mudança de atitudes internas, com contenção de gastos, no mais amplo sentido da palavra, enfim, uma profunda mudança de comportamento, de reestruturação de todos os departamentos e comportamento das pessoas.

Há a necessidade de um projeto, que contemple um diagnóstico econômico bem feito, com números verdadeiros, mostrando projeções definidas por cenários atingíveis. Este projeto deve mostrar a correção dos rumos a serem seguidos, e que está sendo feita uma verdadeira reestruturação do negócio.

Em muitos casos, em função do desgaste sofrido pelos dirigentes da empresa, e pela perda de credibilidade, há a necessidade de contratação de um profissional, chamado Diretor Interino, que durante algum tempo, ajuda na condução das mudanças, e negociações, que sempre envolvem o emocional da equipe.

São cortes de despesas, de pessoas queridas pela diretoria, diminuição de Pró Labores (muito difícil), afastamento de familiares incompetentes; atitudes que causam constrangimentos. Assim sendo, o Diretor interino, que muitas vezes traz consigo uma equipe de técnicos, além de uma experiência profissional comprovada, conduz o processo com capacidade, e sem envolvimento pessoal.

Este conjunto de medidas dá segurança aos credores, e possibilita um diálogo franco, com resultados positivos nas negociações, sem perda de credibilidade. Leva novamente a empresa à normalidade, sem passar pelos traumas da Recuperação Judicial.

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