Governança Corporativa em Empresas Familiares

A falta de clareza na definição de atuação, traz inversão na atuação entre as partes, prejudicando em muito o andamento dos negócios.

Normalmente, as empresas são criadas por um ou mais empreendedores, que com conhecimento em determinado negócio, ou com grande apetite pelo trabalho e pelos desafios, desbravam e vencem o dia a dia com força e determinação. Principalmente em tempos passados, muitas corporações nacionais e internacionais, nasceram, cresceram como grandes negócios, vencendo todas as dificuldades iniciais, e se perenizaram. Com muito mais obstáculos a serem vencidos, tendo em vista a concorrência, a falta de incentivos, principalmente no Brasil, ainda é possível iniciar um empreendimento desta forma, porém, muito mais difícil de sobreviver.

Os anos passam, em família cresce, juntamente com alguns problemas, principalmente na relação entre parentes, sociedade e empresa.

A falta de clareza na definição de atuação, traz inversão na atuação entre as partes, prejudicando em muito o andamento dos negócios, inclusive na maioria dos casos, levando ao encerramento das atividades, devido a vários fatores de discórdia, que chegam a solapar o patrimônio, inclusive cultural da família.

A interferência no dia a dia da empresa, por parentes, nem sempre acionistas ou quotistas, mas que por um simples laço familiar, se julgam no direito de ter uma colocação no quadro de funcionários do negócio, ou até mesmo o que é pior, como diretores, provoca um verdadeiro cataclisma na administração, causando desmando, desmotivação por parte dos funcionários ou familiares preparados para o cargo, levando ao final já descrito anteriormente.

Da mesma forma, e com bastante constância, são aqueles igualmente apresentados, com ou sem ações ou quotas, que utilizam sistematicamente dos serviços de funcionários da empresa, para tarefas particulares, como licenciamento de veículos, agendamentos de viagens, médicos e até mesmo cabeleireiros.

A Governança Corporativa, vem de encontro a esses problemas, e apresenta algumas soluções inteligentes, como a elaboração de um bom acordo de quotistas ou acionistas, constituição do Conselho de Família, montagem de um Family Office, constituição do Conselho de Administração consciente de suas atribuições, constituição da Diretoria Executiva com membros competentes, entre outras boas práticas a serem implantadas. Vale dizer, que Governança, é o conjunto destas soluções, além de um planejamento estratégico bem elaborado para o negócio, acompanhado por dados e números apresentados corretamente para os acionistas ou quotistas, conselheiros e diretores. Sem a somatória de organização, planos e controles, é impossível sobreviver, e sobre o assunto aqui em pauta, ou seja, para as empresas familiares, é morte certa.

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