Desafios e recompensas na implantação de OKRs

Para que os resultados alcançados através da utilização de OKRs (Objective Key Results) se perpetuem, é indispensável que os frutos deste trabalho sejam incorporados a cada ciclo concluído, de forma que toda etapa sempre agregue algo para a companhia. Com isso garantimos que os esforços resultem em ganhos incrementais e duradouros.

O conceito do OKR traz essa promessa de forma simples, mas não de um jeito fácil. Por isso, recomenda-se que o processo seja implantado em pelo menos três fases. A primeira reside em entender o que é a ferramenta. A segunda, em saber qual a melhor forma de adotá-la – tendo ganhos rápidos sem fazer algo extremamente complexo. E, por último, como gerar valor com a solução (curva de aprendizado).

Disciplina e comprometimento são essenciais para que esta metodologia gere resultados relevantes para o negócio. Para Luciano Menegasso, especialista da C&S em Planejamento e Gestão Estratégica, há três grandes desafios na fase de implementação:

“Há desafios como mudança de mindset – onde a equipe aprende a não cumprir tarefas, e sim alcançar resultados. Outro contratempo pode ser a necessidade de sempre fazer algo a mais, buscando ir além no dia a dia. Agora, a maior adversidade está na interpretação da metodologia que pode derivar durante o processo de implantação nas empresas, impedindo que se extraia o máximo de valor neste empreendimento. É necessário alguém que conheça bem a ferramenta para que seja interpretada e implementada de forma adequada.”, comenta.

A metodologia tem função mais abrangente do que medir ou acompanhar as atividades da empresa, visto que o OKR é o elo entre visão e missão da empresa e o cotidiano do negócio. Assim, após um resultado ser alcançado, esse pode virar um KPI (Key Performance Indicator) e a própria empresa passa a monitorá-lo de forma sistemática, através da controladoria da companhia, por exemplo.

“O empresário tem visão do negócio e precisa definir objetivos que direcionem todos na organização em busca desta posição futura. O planejamento anual ajuda muito neste processo, e deve ser composto por objetivos semestrais e trimestrais. Assim é possível mudar com maior agilidade o que funciona ou não”, completa Menegasso.

Citando como exemplo um objetivo comum de toda empresa que é aumentar o faturamento. Apesar ser um propósito claro, cada indivíduo acredita em uma forma diferente de fazer isso acontecer. Ou seja, o objetivo é direcional, mas não diz o “como”. Os resultados chave materializam e definem essa meta, além de permitir avaliar se a equipe está no caminho certo.

Neste exemplo de objetivo, podemos considerar três tipos de resultados-chave:

1) Aumentar a receita com clientes atuais (tornar clientes eventuais em recorrentes, ou recorrentes em intensivos? Ou então buscar maior ticket médio?);

2) Aumentar a receita com novos clientes (ampliar capilaridade? Ou utilizar novos canais? entrar em novos nichos ainda não explorados?);

3) Aumentar participação na receita total com vendas de novos produtos (estruturar um mix de produtos de maior margem?).

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