Condutas para se esquivar da crise econômica provocada pelo COVID-19

Álcool em gel nas mãos, máscara no rosto, e isolamento domiciliar. A população mundial foi forçada de maneira abrupta a adotar novos hábitos e transformar a rotina por causa da pandemia do novo coronavírus, o COVID-19.
Porém, quando falamos em empresas, isso não é tudo. O vírus de rápida propagação geográfica pegou o planeta desprevenido e, além dos povos, ameaça também os negócios e a ordem econômica mundial.

Será que minha empresa está preparada para encarar essa crise?

Um publicação da Fortune Magazine (21 de fevereiro de 2020), afirma que 94% das mil maiores empresas americanas classificadas por receita estão enfrentando ruptura de supply chain. Este é um exemplo do despreparo na maior parte das companhias frente a uma situação de instabilidade desta proporção.

Antes de traçar uma estratégia para se esquivar da crise, vamos entender alguns fatores importantes. Primeiro, como o COVID-19 afeta as empresas no mundo todo?

A partir do momento que o vírus ameaça a saúde de funcionários e clientes, diversos estabelecimentos estão suspendendo atividades, como cinemas, parques temáticos, e até mesmo eventos. Com viagens em restrição, além do impacto direto nas operações de companhias aéreas, novas negociações estão em cheque. E já que mencionamos o setor aéreo, a associação internacional responsável pelo setor já projeta U$ 29 bilhões em receitas perdidas para 2020.

Isso tudo sem contar empresas que trabalham com inventário just-in-time e são prejudicadas pela desaceleração das importações; companhias de seguros com salto expressivo no índice de sinistros, aumento no tempo de remessa que traz como consequência queda na capacidade de produção; etc.

Para reverter esse quadro, o primeiro passo é avaliar os dados atuais e o impacto comercial no futuro em diversos cenários. Esse panorama deve envolver incontáveis fatores, como recursos humanos, oferta, demanda, capital, e tecnologia empregada.

Também é importante considerar qual o impacto no pessoal (quarentenas, evacuações, viagens, home office); o impacto sofrido pelos clientes, fornecedores e linhas de produção; dependência de terceiros; impacto financeiro e reflexos na necessidade de capital de curto e longo prazo.

Para Fernando Bertozzo, especialista em transações corporativas da C&S, acompanhar a situação do comportamento do consumidor final é fundamental. “É ineficaz a indústria se desdobrar para atender demandas anteriormente estabelecidas, sendo que o cenário a curto prazo é de instabilidade, com demanda incerta e com tendência de queda”, avalia.

Feito isso, a próxima etapa envolve tomar decisões, e aqui a velocidade é primordial. Considere ações que demonstrem responsabilidade social, ativação de convênios com órgãos da indústria, na intenção de içar ideias e coordenar as operações.

É primordial que se preze pela segurança e bem-estar dos trabalhadores, estabelecer uma equipe de comando de crise, adotar estratégias para atender às demandas de clientes, manter a transparência, e levar em consideração ajustes no modelo de negócio visando curto e médio prazo.

Monitorar os riscos constantemente é uma maneira de se prevenir contra novas crises. Através da inteligência artificial, é possível testar periodicamente os controles e processos críticos e detectar cenários de ameaça.

O momento é de aguçar a liderança. Avaliar impactos, ativar estratégias, criar canais alternativos, reavaliar projeções, planejar contingências futuras e apoiar as comunidades afetadas pelo COVID-19.

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