A reestruturação financeira está cada vez mais difícil. Então por que esperar?

Está mais difícil para as empresas saldarem suas dívidas tributárias e reestabelecerem o crédito com bancos e fornecedores hoje se comparado a alguns anos atrás.

A taxa de sucesso na reestruturação financeira de empresas passou de 93% para 34% nos últimos 10 anos segundo matéria publicada nesta semana pelo Valor Econômico com base no levantamento feito pela S&P Global Rating.

Em outras palavras, está mais difícil para as empresas saldarem suas dívidas tributárias e reestabelecerem o crédito com bancos e fornecedores hoje se comparado a alguns anos atrás.

Após renegociar suas dívidas, a empresa precisa ter um resultado superior para honrar seus compromissos recém pactuados. Em outras palavras, além da reestruturação financeira há necessidade de uma reorganização completa da empresa, cujo grande desafio é ser mais eficaz com menos recursos disponíveis para isso.

Aliás, precisa encontrar energia e motivação após um período turbulento que geralmente envolve demissões, conflitos internos, clima de incerteza e desconfiança, sobrecarga de trabalho, dentre outros.

Mas o fato de que o caminho hoje é mais penoso que no passado não é novidade no meio empresarial.

Então qual o motivo para demora na busca por ajuda para “estancar a sangria”? O que leva os empresários a continuarem seu voo descendente, aumentando ainda mais suas dívidas a ponto de paralisarem suas atividades por falta de insumos básicos como matéria-prima e energia?

Trata-se de uma resposta complexa, mas para quem tem experiência em situações críticas como essa, inabilidade parece ser a palavra-chave. Inabilidade frente aos problemas corporativos, pessoais e interpessoais, dificultando a priorização das ações e tomada de decisão consciente num ambiente de grande estresse e incerteza. Entretanto, a capacidade de “descongelar” o status quo da empresa é a forma mais assertiva de vencer a inabilidade neste contexto.

Assim, além do aspecto financeiro, é necessário que dirigentes e acionistas direcionem esforços na criação de uma agenda de mudança organizacional em busca de um desempenho superior que sustente o processo de reestruturação.

Maior controle dos processos chave do negócio, desenvolvimento e implementação de iniciativas de melhoria de desempenho e redução de custo são aspectos fundamentais neste contexto.

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